7 de abril é o Dia Mundial da Saúde, data criada em 1948 pela Organização Mundial da Saúde e comemorada pela primeira vez em 1950 com o objetivo conscientizar a população a respeito dos diversos fatores que podem promover a saúde das pessoas. Criado em 1976, Bio-Manguinhos tem contribuições na promoção da saúde pública. Neste 7 de abril, abordamos algumas delas:

 

Poliomielite

A erradicação dos vírus selvagens da poliomielite nas Américas, com o fim da paralisia infantil, é um marco notável da saúde pública. Bio-Manguinhos contribuiu de forma decisiva para este resultado, com a formulação e fornecimento da vacina oral.

Conheça detalhes da contribuição de Bio-Manguinhos para a eliminação da poliomielite

 

Sarampo

A primeira vacina contra o sarampo foi introduzida no Brasil na década de 1960, mas como o imunobiológico era importado, sua implementação efetiva no país só foi possível após a criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em 1973. Para reduzir a dependência externa no fornecimento da vacina, o governo brasileiro começou a apoiar projetos voltados para o desenvolvimento de imunobiológicos. Por meio de um acordo de cooperação técnica entre a Universidade de Osaka (Fundação Biken), Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e a Fiocruz, em 1980, ficou estabelecida a criação de uma planta de produção da vacina sarampo em Bio-Manguinhos – garantindo segurança de fornecimento.

Conheça detalhes da contribuição de Bio-Manguinhos para o controle do sarampo

 

Febre Amarela

A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela. Bio-Manguinhos oferta, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina febre amarela para a população. Nos últimos grandes surtos da doença, em 2017 e 2018, o Instituto forneceu 90 milhões de doses ao PNI para controle da febre amarela.

Conheça detalhes da contribuição de Bio-Manguinhos para o controle da febre amarela

 

Segurança nas transfusões de sangue

Toda bolsa de sangue coletada para transfusões no Brasil precisa passar por testes para detectar se o material não está contaminado por vírus como o do HIV ou das hepatites B e C, por exemplo. Isto é feito através do Teste NAT, produzido por Bio-Manguinhos e que é oferecido aos hemocentros do país, ampliando a segurança transfusional.

Conheça detalhes da contribuição de Bio-Manguinhos para a segurança nas transfusões de sangue

 

Garantia de fornecimento para a população

Bio-Manguinhos é um agente estratégico para o Ministério da Saúde quando se fala de fornecimento de insumos para a saúde pública. Nosso portfolio é composto por 45 produtos: 11 vacinas, 10 biofármacos e 24 reativos para diagnóstico. Apenas em 2020, foram entregues 11 milhões de doses de vacinas, 5,2 milhões de unidades de biofármacos e 11,3 milhões de reações.

Conheça detalhes do fornecimento de produtos por Bio-Manguinhos

 

Produtos de qualidade ao SUS

Primando pela excelência nos produtos e serviços que oferece ao SUS, Bio-Manguinhos realiza não apenas auditorias internas, mas também externas (em visitas ao parceiros nacionais e internacionais) e pré-qualificação de fornecedores. O Instituto também é membro do International Conference of Harmonization (ICH) e da Câmara Técnica de Farmacovigilância da Anvisa, além de integrar o Grupo de Trabalho de Farmacovigilância da Rede Fiocruz de Pesquisa Clínica (RFPC).

Conheça as atividades de Bio-Manguinhos para garantir a oferta de produtos e serviços com qualidade

 

Melhoria contínua

Bio-Manguinhos é uma instituição em que a busca contínua por melhorias, seja em produtos, processos ou instalações, faz parte da rotina. Todos os dias, pela manhã, equipes das áreas produtivas se reúnem para discutir as atividades realizadas nas 24 horas anteriores.

Conheça detalhes da rotina de trabalho que permite a melhoria contínua

 

Economia aos cofres públicos

A oferta de vacinas, biofármacos e reativos para diagnóstico ao Sistema Único de Saúde (SUS) por parte de Bio-Manguinhos materializa a racionalidade do uso dos recursos financeiros do Estado brasileiro na busca pela garantia e ampliação da oferta de produtos de alto valor agregado.

No caso das vacinas, estudo publicado na “Health Affairs” por pesquisadores na John Hopkins University (EUA) examinou a economia obtida com programas de vacinação para os sistemas de saúde, na comparação com os custos de medicalização caso as vacinas não fossem aplicadas - custos de tratamento, custos de transporte, pagamentos a cuidadores e perdas em produtividade – e também calculou os benefícios mais amplos da vacinação. Ela é de US$ 16 economizados para cada US$ 1 investido em vacinas.

Em relação aos biofármacos, em 2017 o Ministério da Saúde ressaltou que os medicamentos biológicos representam 4% da quantidade de fármacos distribuídos pelo SUS e 51% do orçamento da compra, que entre 2010 e 2017 a economia para os cofres públicos através das PDPs havia somado R$ 5,2 bilhões e que para alguns medicamentos biológicos a economia alcançava até 70%.

Conheça em detalhes a economia que Bio-Manguinhos gera para os cofres públicos com a produção pública de imunobiológicos

 

Fortalecimento da cadeia produtiva de produtos de saúde

Desde sua criação, Bio-Manguinhos colabora para que o Brasil ultrapasse o desafio da produção de produtos biológicos para a saúde, dando sua contribuição para que se estabeleça uma cadeia produtiva do segmento.

Na estruturação atual da indústria farmacêutica global, é crescente a importância de dominar a rota biotecnológica - medicamentos biológicos têm aumentado seu percentual de participação no mercado farmacêutico – e Bio-Manguinhos desempenha papel estratégico para isto no Brasil.

Conheça nossas contribuições para o fortalecimento da cadeia produtiva em Saúde

 

Inovação para a oferta de novos produtos e serviços

Em Bio-Manguinhos, o Novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação norteia ações e programas voltados à criação de uma cultura inovadora. O Instituto está alinhado ao Programa Fiocruz de Fomento à Inovação – “Inova Fiocruz”, criado pela Presidência da Fundação por meio das Vice-presidências de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS) e de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB). Atualmente, temos 29 projetos em desenvolvimento: três de vacinas bacterianas, nove de vacinas virais, seis de reativos para diagnóstico e 11 de biofármacos.

Conheça detalhes dos processes de inovação em Bio-Manguinhos

 

Formação de competências em biotecnologia farmacêutica

Bio-Manguinhos contribui para a formação brasileira de competências e de profissionais especializados no segmento da biotecnologia farmacêutica através de cursos, seminários e outras iniciativas acadêmicas, sozinho e também em parceria com outras instituições.

Conheça as ações de Bio-Manguinhos para o fortalecimento da competência nacional em biotecnologia

 

Coronavírus

Desde a confirmação do surgimento do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e mesmo antes dele, o causador da COVID-19, chegar ao Brasil, Bio-Manguinhos/Fiocruz já atuava para oferecer soluções à população brasileira para o enfrentamento da emergência sanitária.

Em janeiro de 2020 o Instituto iniciou estudos para o desenvolvimento de uma vacina própria, em março já estava entregando kits de diagnóstico molecular para o Sars-CoV-2 e começou trabalho de prospecção tecnológica para identificar os projetos de vacina em estágio mais avançado para oferecer à população brasileira através de acordo, enquanto seus projetos de desenvolvimento de imunobiológicos seguem internamente, junto como outras atividades de apoio ao SUS. Em conjunto com o Ministério da Saúde (MS), definiu a vacina para o novo coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford como a melhor alternativa para o estabelecimento da produção no Brasil, por meio da parceria com a biofarmacêutica AstraZeneca.

Conheça detalhes das contribuições de Bio-Manguinhos para o enfrentamento da pandemia e conheça nossa página especial sobre a vacina.

 

Solidariedade aos povos

Além de garantir o atendimento de demandas brasileiras, Bio-Manguinhos contribui com a saúde pública internacional. Neste cenário, desempenha um importante papel na contenção da febre amarela em nível global, tendo sua vacina pré-qualificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 2001, o que a torna apta a ser adquirida pelas Agências das Nações Unidas. Desde então, mais de 165 milhões de doses foram exportadas (4,4 milhões em 2020), abrangendo mais de 74 países endêmicos.

A atuação de Bio-Manguinhos também se destaca no controle de surtos no Cinturão da Meningite, na África, para onde exporta a vacina meningocócica desde 2007, em parceria com o Instituto Finlay, de Cuba. Em 2020, foram exportadas mais de 632 mil doses cobrindo os sorogrupos ACW, atendendo a demandas da Nigéria, do Chad e de Burkina Faso.

 

Antever as demandas e projetar um futuro saudável

Bio-Manguinhos está ciente das demandas de saúde pública atuais e futuras, e permanece em constante preparação para garantir o fornecimento de produtos e serviços de nossa e das futuras gerações.

Um dos projetos que garantirá a sustentabilidade desta oferta para a população é a construção do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS), o que permitirá a ampliação da oferta de vacinas e biofármacos visando atender não só aos programas públicos de saúde como também a demanda externa das Nações Unidas (OPAS,UNICEF, OMS), quadruplicando nossa capacidade de produção e permitindo desta forma a introdução de novos produtos.

Conheça detalhes do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS)

 

 

Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: Freepik

 

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