O mês de outubro foi marcado por atividades em torno do câncer de mama. Para dar visibilidade ao movimento internacionalmente conhecido como Outubro Rosa, a Seção de Medicina do Trabalho (SEMTR/Dereh) realizou dia 23 uma palestra sobre o Câncer de Mama e Colo de Útero. Dezenas de colaboradores vestidos de rosa tiraram duas fotos em apoio à campanha em frente ao CTV. A Comunidade de Prática de Redes Colaborativas em Oncologia (CoP-Rede Onco) fez dia 30 uma palestra sobre Proteínas PAR como Alvos Terapêuticos no Tratamento do Câncer. E, finalizando o calendário, dia 31 houve exame clínico das mamas (ECM) com encaminhamento para exame de mamografia.

Por intermédio do BIS (Banco de Ideais e Sugestões), foi sugerido pelo colaborador Alex Jorge Silva de Abreu o uso de uma peça de vestuário rosa nos dias das palestras (23 e 30 de outubro), de forma a marcar o apoio ao movimento.

 

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Nos dias 23 e 30 de outubro, dois grupos de colaboradores de setores diversos tiraram fotos em frente ao CTV aderindo à campanha contra o câncer de mama

 

Para falar sobre a doença, a médica do trabalho, especialista em ginecologista e obstetrícia, Dra. Cláudia Lessa, ministrou a palestra do dia 23, lotando o auditório José Roberto Salcedo Chaves, no Pavilhão Rocha Lima. O câncer de mama é o segundo tipo de câncer de maior frequência entre as mulheres no Brasil. “É um tipo de câncer que, se rastreado bem no início, temos grande chance de cura e se origina das células do tecido mamário”, detalhou a médica.

O câncer de colo de Útero é o quarto câncer em frequência nas mulheres brasileiras e também facilmente detectado e tratado se as pacientes procurarem o serviço médico. Atinge mulheres bem jovens e seu desenvolvimento é estimulado pela presença de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) que também podem ser detectadas pelo exame ginecológico de rotina. “Estes eventos de conscientização são importantes para alertar as mulheres da importância do exame ginecológico anual como também o auto exame de mama, já que, com esses cuidados, podemos não só detectar essas doenças tão frequentes em nossa população, como poderemos trata-las de maneira adequada e eficiente com ótimos resultados”, declarou Dra. Claudia.

 

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Dra. Claudia ministrou palestra sobre o câncer. Já Robson mostrou a utilização das proteínas PAR como alvos terapêuticos no tratamento da doença

 

Discussão na Comunidade de Prática

No mesmo auditório, dia 30, o encontro tecnológico apresentou estudos que mostram como pacientes com câncer têm tendência à hipercoagulabilidade sanguínea, fenômeno que aumenta a agressividade dos tumores. O foco do professor associado do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ e chefe do Laboratório de Trombose e Câncer, Robson de Queiroz Monteiro, foi mostrar a utilização das proteínas PAR e outras da cascata de coagulação como alvos terapêuticos no tratamento da doença.

Robson mostrou o trabalho que sua equipe vem desenvolvendo na UFRJ sobre as enzimas da coagulação sanguínea que parecem exercer um importante papel pró-tumoral, especialmente através da clivagem de receptores acoplados à proteína G, denominados PAR (Protease Activated Receptors).

Em sua apresentação, ele ressaltou que 15% dos fenômenos trombóticos estão relacionados com o câncer e, muitas vezes, precedem o aparecimento do tumor. Em alguns casos, o diagnóstico da doença pode até ser retardado pelo tratamento da trombose.

E, para fechar a programação, no dia 31, cerca de 50 colaboradoras foram atendidas na SEMTR pela Dra. Claudia. “Mulheres de 40 a 69 anos ou mulheres fora da faixa etária que possuam alguma queixa mamária compareceram. As pacientes que necessitaram de solicitação de mamografia puderam retirá-los após o exame”, concluiu a médica.

 

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Durante todo o mês, foram distribuídos pergaminhos contando a história do laço rosa. Cerca de 50 colaboradoras foram ao SEMTR para fazer exames dia 31

 

Opinião das colaboradoras

Ana Paula Ano Bom, do Laboratório de Macromoléculas (Lamam) e membro do núcleo central da CoP-Rede Onco, falou pelo grupo que todos estão muito entusiasmados com todas as iniciativas de Bio em relação ao Outubro Rosa. “Estamos felizes com a possibilidade de podermos vislumbrar novos projetos nessa área e também de poder discutir esse tema que é muito importante na saúde pública brasileira”, comentou Ana Paula.

Já Rosane Santos Araujo, do Projeto Novo Centro de Processamento Final de Imunobiológicos (NCPFI), que fez o exame clínico da mama, declarou seu total apoio à causa. “Todas essas atividades foram essenciais para a conscientização dos colaboradores. Muitas mulheres têm medo de ir ao médico e fazer o exame. Esse quadro deve ser mudado para que haja um diagnóstico precoce e, caso seja detectado, realizar logo o tratamento”, opinou.

A campanha de conscientização sobre o câncer de próstata, também conhecida como Novembro Azul, agitará os colaboradores de Bio. Algumas ações serão realizadas, inclusive um novo debate da CoP-Rede Onco, em parceria com o Dereh. É importante ressaltar que cerca de 30% dos pacientes do SUS são diagnosticados com câncer de próstata já avançado. Se forem descobertos no início, 90% dos casos são curáveis.

 

Jornalista: Gabriella Ponte
Imagens: Ascom / Bio-Manguinhos

 

 

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