Na biotecnologia, de uma forma geral, utiliza-se de microrganismos para a produção de produtos de interesse para o uso humano. Como avanço da biologia celular e molecular, descobriu-se que microrganismos extremamente comuns podem ser submetidos a modificações genéticas que os tornam capazes de produzir moléculas para usos diversos, em especial, para preparações farmacêuticas.
Um exemplo marcante da desta tecnologia está no uso da bactéria Escherichia coli. Originalmente, trata-se de uma espécie de bactéria encontrada no trato intestinal, a qual no entanto apresenta características marcantes que a predispõe a ser importante candidata à utilização por pesquisadores como plataformas para modificações que a leve a produzir importantes produtos.
Esta bactéria apresenta boa versatilidade e estabilidade para a execução de modificações genéticas, tendo sido as técnicas envolvidas já bastante conhecidas. Um outro aspecto interessante é a sua elevada taxa de crescimento. A E. coli cresce e se multiplica muito rapidamente, motivo pelo qual, modificações genéticas que permitam o produto de interesse ser produzido de forma associada ao seu crescimento, permitem construir uma plataforma em que o produto é produzido com elevadas taxas de produtividade, utilizando-se de nutrientes baratos, o que é bastante interessante do ponto de vista econômico.