Sintomas

A esclerose múltipla (EM) pode causar diversos sinais e sintomas, constituindo muitas vezes um grande desafio o seu reconhecimento tanto para a própria pessoa que os está apresentando – por serem brandos e não valorizados, como os quadros de alterações na sensibilidade – quanto para o médico, que deve realizar uma suspeita correta e encaminhamento apropriado. Fique atento: 

  • Alterações fonoaudiológicas - ligadas à fala e deglutição;
  • Fadiga - cansaço intenso e momentaneamente incapacitante para realização da atividade desejada;
  • Transtornos cognitivos - muito relacionados ao comprometimento da memória;
  • Transtornos emocionais - sintomas depressivos, ansiedade, transtorno de humor, irritabilidade;
  • Problemas no trato urinário e intestinal - bexiga hiperativa, constipação intestinal, urgência fecal;
  • Transtornos visuais - visão embaçada ou dupla;
  • Problemas de equilíbrio e coordenação - perda de equilíbrio, fraqueza, vertigem, falta de coordenação; e
  • Espasticidade - rigidez excessiva de um membro

 

 

Origem

Até o momento a causa da esclerose múltipla é desconhecida. Nas pesquisas, amplos esforços são dirigidos ao estudo do tanto do paciente como também do ambiente onde vive. A deterioração da bainha de mielina (espécie de capa isolante que envolve os axônios no cérebro e responsável pela transmissão dos impulsos nervosos) é provavelmente mediada pelo próprio sistema imunológico em pessoas geneticamente predispostas, o que resulta em um ataque ao próprio tecido nervoso, isto é, uma resposta autoimune. Ainda não foi identificado um antígeno específico.

Ao contrário do que se pensa, a esclerose múltipla é uma doença que afeta pessoas jovens (na faixa dos 20 aos 40 anos), principalmente mulheres, no momento do auge da vida produtiva. Por esse motivo, resulta em grande impacto pessoal, social e econômico.

 

Tipos de esclerose múltipla:

Esclerose múltipla recorrente-remitente (EMRR) - É a forma mais comum da doença, representando 85% dos diagnósticos. É caracterizada por surtos (sintomas clínicos que ocorrem em episódios) bem definidos, que duram dias ou semanas e depois desaparecem, com recuperação completa ou sequelas permanentes

Esclerose múltipla primária progressiva (EMPP) - Afeta apenas 10% dos pacientes e é caracterizada por início lento e piora constante dos sintomas. Há um acúmulo de déficits e incapacidades que podem se estabilizar ou continuar por meses e até anos

Esclerose múltipla secundária progressiva (EMSP) - Começa com o curso da doença recorrente-remitente, seguido pelo desenvolvimento de uma incapacidade progressiva que muitas vezes inclui mais surtos e nenhum período de remissão (fase na qual não há atividade da doença)

Esclerose múltipla progressiva recorrente (EMPR) - Tipo mais raro da doença, acomete aproximadamente 5% dos pacientes. Caracteriza-se por declínio neurológico constante desde o início, com surtos agudos claros. Pode ou não haver recuperação após os surtos, mas a doença continua a progredir sem remissões.

 

Tratamento

Embora ainda não haja cura, existem tratamentos que diminuem a ocorrência dos surtos e reduzem sua gravidade, assim como reduzem o grau de incapacidade, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Os corticosteroides são úteis para reduzir a intensidade dos surtos. Já os imunossupressores e imunomoduladores ajudam a espaçar os episódios de recorrência e o impacto negativo que provocam na vida dos portadores. Mais recentemente, outras classes de medicamento vêm surgindo, porém ainda como 2a linha de tratamento (em caso de falha dos medicamentos de 1a linha).

Consulte seu médico. 

 

 

 

 

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