O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou na manhã do dia 24/11 o Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). A cerimônia ocorreu no auditório do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília. O diretor de Políticas e Programas Temáticos da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped/MCTI), Osvaldo de Moraes, participou da abertura.

"O SiBBr é uma plataforma online que tem por objetivo reunir a maior parte possível de informações em biodiversidade, além de estimular a publicação, integrar e disponibilizar os dados da melhor forma possível", afirmou a coordenadora-geral de Gestão de Ecossistemas da Seped, Andrea Nunes. "O SiBBr é o primeiro passo para o Brasil montar uma infraestrutura nacional de dados e conteúdos em biodiversidade".

O Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) são parceiros no desenvolvimento, hospedagem e armazenamento de dados do SiBBr. Confira o site: http://www.sibbr.gov.br

 

Ineditismo

De forma aberta, em uma só plataforma, o SiBBr disponibilizará bases de dados, ferramentas para gestão de coleções biológicas, publicações, qualificação e análise das informações. Os dados contribuirão para subsidiar pesquisas e apoiar o processo de políticas públicas associadas à conservação e ao uso sustentável dos recursos naturais.

Segundo a coordenadora, a iniciativa é inédita no Brasil. "Estamos criando um repositório de dados ecológicos que reúne qualquer dado em biodiversidade, como o diâmetro de uma árvore ou uma ocorrência de duas espécies juntas, por exemplo", explicou. "Estamos abrindo espaço para quem quiser depositar a sua própria base de dados".

Para tanto, já foram firmadas parcerias com o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG/MCTI), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Até o final de 2016, serão disponibilizados mais de 2,5 milhões de registros de ocorrência de espécies a partir de coleções biológicas no Brasil e no exterior. Além dessas informações, estão sendo integradas diversas bases de dados de coleções biológicas brasileiras que já se encontram online. Por meio do SiBBr, também será disponibilizado acesso à produção bibliográfica e a outras mídias, como bancos de sons e de imagens.

 

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Vereda é um tipo de formação vegetal do Cerrado mais encontradas nos estados de 
Minas Gerais, Bahia e na Região Centro-Oeste. 

 

Impactos

Para o diretor do MPEG, Nilson Gabas Jr., a proposta de integrar e concentrar informações sobre a biodiversidade brasileira, hoje alocada em diversos locais, é importante tanto para a comunidade científica como para a sociedade em geral, incluindo os setores socioambiental e produtivo.

O resultado desse trabalho, segundo ele, é a maior acuidade dos dados, o que contribui para melhoraria da qualidade da informação. "A maior vantagem é ter reunidos, em uma única plataforma, os dados sobre a riqueza biológica do país, o que otimiza a busca de informações e auxilia na correção de possíveis erros", acrescentou Gabas.

A plataforma permite aos pesquisadores checar, acrescentar ou mesmo corrigir, as informações ali depositadas. "Isso é necessário para orientar pesquisas futuras e contribuir para a elaboração de políticas públicas, permitindo estabelecer políticas de preservação e uso sustentável de recursos biológicos", afirmou Gabas.

Até o momento, o MPEG incluiu mais de 200 mil registros no SiBBr. "O museu se insere nesse processo com muito empenho, pois temos perseguido um aprimoramento constante no campo da biogeoinformática, no inventário da diversidade biológica e na organização das coleções científicas. O aperfeiçoamento desse processo já tem impacto nas politicas públicas na Amazônia, especialmente no Pará", informou o diretor.

 

Programação

Após o lançamento da plataforma online houve uma mesa-redonda com o tema Rumo à construção de uma infraestrutura nacional de dados em biodiversidade. "A intenção é explicar o conceito do sistema, o lugar que o SiBBr ocupa dentro dele e como isso se mescla com várias iniciativas nacionais", afirmou a coordenadora-geral, Andrea Nunes.

Segundo ela, a plataforma é parte de um pacote de ações do ministério para tornar a informação em biodiversidade disponível. Logo após, aconteceu uma palestra sobre Data papers e incentivos para a publicação.

No dia 25, ocorrerá um workshop sobre Boas práticas na gestão e informatização de coleções científicas. "Ali serão apresentadas algumas das melhores experiências de outros países em relação à disponibilização de dados em biodiversidade", explica Andrea.

De quarta-feira (26) a sexta-feira (28) haverá um treinamento no uso de softwares e ferramentas.

 

Histórico

Em 2009, houve o desenvolvimento do Sistema de Informação em Saúde Silvestre. A partir das bases elencadas pelos especialistas, se inicia a construção da concepção do Sistema de Informação em Saúde Silvestre - SISS. Desenvolvido inicialmente pela equipe do PIBS, o desenvolvimento ganhou a parceria da Coordenação de Gestão em Tecnologia da Informação – CGTI/Fiocruz em 2010, quando diversos arranjos para o desenvolvimento de software foram tentados.

Em fins de 2012 a parceria com o Laboratório Nacional de Computação Científica se consolidou para esta construção e já com a integração do SISS ao Sistema Brasileiro de Biodiversidade – SIBBr do Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação. Finalmente em 2014, houve o lançamento do Centro de Informação em Saúde Silvestre (CISS) no portal da Fiocruz e da versão teste do Sistema de Informação em Saúde Silvestre. O CISS é um espaço virtual destinado ao tema saúde silvestre e humana. Confira aqui: http://www.biodiversidade.ciss.fiocruz.br

 

Jornalista: Gabriella Ponte com informações do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e do CISS
Imagens da home e interna: Ministerio do Meio Ambiente

 

 

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