Uma parceria entre a Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), iniciada em 2006, tem contribuído para a troca de conhecimentos entre especialistas de mais de dez países. As duas instituições se uniram para debater os desafios da produção de insumos estratégicos e investimentos em inovação, na conferência Translational Science at Fiocruz: building international collaborations, realizada de 2 a 6 de dezembro, no Rio de Janeiro.

Trazendo suas experiências em biotecnologia, nanotecnologia, vacinação e diversas outras áreas do conhecimento científico, os 31 especialistas presentes foram selecionados entre 109 candidatos para participar do projeto. O objetivo é que eles possam conhecer a Fiocruz, os programas do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS) e como funciona a pesquisa e ensino na Fundação. Entre os participantes, estão pesquisadores dos Estados Unidos, Espanha, Irã, India, Reino Unido, França, México, Chile, Uruguai, Suíça, dentre outros.
 

No terceiro dia do evento, o presidente do Conselho Político e Estratégico de Bio-Manguinhos (CPE), Akira Homma, fez uma apresentação sobre a história da Fiocruz, que se confunde com a trajetória e avanço da ciência e saúde pública no país. “Passados 113 anos, desde nossa criação, construímos um legado de parcerias, que trouxeram benefícios para pesquisa e ensino”, acrescentou. Antes dele, o diretor do CDTS, Carlos Morel, fez uma breve apresentação do Instituto e seu processo de crescimento e expansão.

Homma lembrou que, no início das atividades da Fundação, no Instituto Soroterápico Federal (1900), todos os profissionais envolvidos na produção, estavam ligados à atividade de pesquisa, o que representou um diferencial. Citando fatos históricos como a Revolta da Vacina (1904) e erradicação da febre amarela (1907), o especialista desenhou um panorama do desenvolvimento das políticas públicas de saúde, passando pela criação, em 1976, do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos).

Com apenas 26 profissionais, Bio nasceu como unidade da Fiocruz responsável pela produção de vacinas, mas, para atender às demandas do governo, expandiu seu portfólio de produtos e já na década de 80, produzia insumos em escala industrial. Com a chegada dos anos 90, “os investimentos em recursos humanos e o processo acelerado de incorporação de novas tecnologias mudam o cenário da indústria biofarmacêutica no país”, destacou Homma. 

Destacando a importância da Fiocruz como instituição estratégica de Estado, o presidente do CPE afirmou que é preciso reduzir a distância entre desenvolvimento e inovação e abrir os olhos para o futuro que se aproxima. “Precisaremos de novas vacinas e produtos biológicos diante do quadro epidemiológico nacional, e isto só será possível com a parceria entre ensino, pesquisa e desenvolvimento”, concluiu.

Após a apresentação de Homma, os participantes da conferência visitaram o Centro Integrado de Protótipos, Biofármacos e reativos (CIPBR), ao lado do gerente do projeto, Luiz Lima, que explicou a importância do empreendimento para a produção de insumos para o país. 

 

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 Jornalista: Isabela Pimentel

 

 

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