Para debater os desafios do gerenciamento do sistema de qualidade e as abordagens para avaliação de risco, Bio-Manguinhos e a Rede de Produtores de Vacinas dos Países em Desenvolvimento (DCVMN), promoveram um workshop internacional que reuniu membros da indústria farmacêutica, parceiros do Instituto e laboratórios públicos nacionais, como a Fundação Ataulpho de Paiva, Instituto Butantan e Vital Brazil, nos dias 24 e 25, na Fiocruz. 

No debate de abertura, o diretor de Bio, Artur Couto, destacou que o trabalho em prol da manutenção do sistema de qualidade das vacinas é um compromisso diário na unidade. “Estando em contato com parceiros e órgãos reguladores, agregamos valor aos nossos processos”, acrescentou. A segunda mesa foi coordenada pela vice-diretora de Qualidade de Bio-Manguinhos, Maria da Luz Fernandes Leal (Malu), e contou com a presença de Sergio Nishioka, do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde. Ele relembrou a trajetória da pesquisa clínica no país e as principais iniciativas de fomento e destacou a importância na qualificação dos fornecedores e o rigor no processo regulatório.

 

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 Malu abordou importância da qualidade na produção de vacinas - Imagem: Assessoria de Comunicação/Bio-Manguinhos

 

Para Malu, a DCVMN reflete a importância da colaboração dos países em âmbito internacional. “Este trabalho conjunto tem sido muito positivo para todos os membros e reflete nosso esforço de manter produtos de qualidade e garantir o atendimento à população”, concluiu.

A representante da OMS, Nora Dellepiane, destacou o ineditismo do evento, já que é a primeira vez que este workshop da DCVMN é realizado no Brasil (as demais edições deste ano foram na Índia e China). “O fato de o simpósio estar sendo realizado pela primeira vez nesta região é fundamental para envolver outros países da América Latina e divulgar a missão e o trabalho da DCVMN, que ainda tem uma atuação tímida nesta região. É também uma oportunidade para que todos entendam como é a colaboração com a OMS", ressaltou.

Mudanças

O presidente do Conselho Político e Estratégico da unidade, Akira Homma, detalhou o processo histórico de constituição da rede, criada em 2000, para reunir os maiores fabricantes de vacina dos países em desenvolvimento. Depois de 13 anos, a rede já reúne mais de 38 fabricantes de 40 tipos diferentes de vacinas, em várias apresentações e usando diferentes plataformas tecnológicas, totalizando cerca de 200 produtos, sendo 33 pré-qualificados pela OMS. “Nesta luta, tivemos apoio da OMS, que nos ajudou a identificar quais países poderiam ajudar no fornecimento global de vacinas para os mais pobres”.

 

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Akira Homma relembrou histórico de constituição da DCVMN- Imagem: Assessoria de Comunicação/Bio-Manguinhos

 

Ao apresentar o fortalecimento da colaboração cientifica entre Bio e a OMS, ele reconheceu o papel daOrganização no processo de pré-qualificação das vacinas. “A atuação da OMS é um instrumento global que ajuda a garantir a qualidade das vacinas para o mundo todo”, defendeu.

Atuação internacional

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 “O foco é sempre a qualidade e manutenção do diálogo", ressaltou Sônia - Imagem: Assessoria de Comunicação/Bio-Manguinhos

 

A secretária executiva da DCVMN, Sonia Pagliusi, abordou como a atuação do grupo de productores de vacinas tem sido positiva para o combate a diversas enfermidades. “As doenças infecciosas não têm fronteiras e por isso, estamos preocupados em atuar internacionalmente”, explicou, citando como caso de sucesso a erradicação da poliomielite na Índia, em 2011. Pagliusi acrescentou que uma das principais motivações dos workshops internacionais é promover a democratização da informação entre os membros. “O foco é sempre a qualidade e manutenção do diálogo, adequando os temas às necessidades locais, para que todos tenham acesso à informação, com equidade”, concluiu.

 

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Michael Rush destacou importância do encontro entre parceiros - Imagem: Assessoria de Comunicação/Bio-Manguinhos

 

O evento também reuniu empresas do setor biofarmacêutico, como a Temptime Corporation, parceira de Bio no monitoramento das vacinas febre amarela há mais de dez anos, na aplicação do Vaccine Vial Monitors (VVMs) em frascos individuais, que é requisito da OMS e da UNICEF nas suas licitações. "Foi uma ótima oportunidade para construir novas relações profissionais e aprender muito com os outros participantes e membros do DCVMN", concluiu.  Confira aqui a galeria de fotos do evento.

 

Confira as apresentações dos palestrantes:

 

  • 24 de outubro (manhã) 

Update on Vaccines Prequalification , Nora Dellepiane, representante da Organização Mundial de Saúde. 

Post- prequalification Monitoring focus on variations to a PQd vaccine,  Nora Dellepiane, representante da Organização Mundial de Saúde.

  • 24 de outubro (tarde) 

Case Studies on Monitoring the Heat and Freeze Sensitive of Vaccines, Michael Rush, diretor executivo da Política Global de Saúde da Temptime Corporation 

Heat and Freeze Sensitivity of Vaccines  - 24/10 (tarde), Michael Rush,  Michael Rush, diretor executivo da Política Global de Saúde da Temptime Corporation

  • 25 de outubro (manhã)

Vaccine Quality Management Systems: Approaches to Risk Assessment, Ana Maria P. B. Pellim  (ISPE)

Vaccine Quality Management Systems: Approaches to Risk assessment, Alfonso Izarra (Presidente – ISPE Afiliada BrasiL)

Água para Vacinas, Ana Marie Kaneto (Telstar)

Advancements on implementation of single use technology, Michel Bourderioux (Merck Millipore)

 

 

 Jornalista: Isabela Pimentel

  

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