Para comemorar os 40 anos de criação do projeto que contribuiu para tornar a vacinação universal e reduzir a morbidade e mortalidade por doenças transmissíveis no Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), o Instituto Brasileiro de Ação Responsável, em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, promoveu o fórum Construindo um País mais Saudável - 40 Anos do Programa Nacional de Imunizações. No encontro, realizado no dia 4 de setembro, estiveram presentes parlamentares e autoridades do setor da saúde.
O diretor de Bio-Manguinhos, Artur Couto, foi convidado para palestrar sobre o tema e relacionou as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) à introdução de novas vacinas no calendário básico. A unidade da Fiocruz, que é parceira do PNI, forneceu mais de 103 milhões de doses ao Programa em 2012. Artur destacou o longo histórico de parcerias que o Instituto firmou com outras entidades, desde a década de 30, como o feito com a Fundação Rockefeller, para produção da vacina febre amarela, chegando até o trabalho conjunto com a GSK, que culminou com a introdução da tetravalente no calendário vacinal.
Para ele, existe a necessidade de investimentos em pesquisa e desenvolvimento para o avanço do setor de saúde no país. “Bio-Manguinhos tem importância estratégica para o Estado, pois consolida a produção nacional de vacinas, reativos e biofármacos, diversificando o mix de produtos e diminuindo a dependência de importações”, destacou. Em junho deste ano, Bio assinou 14 novas parcerias.
Dentre os principais benefícios diretos destas parcerias, Artur listou a redução de preços, regulação do mercado, internalização do conhecimento para desenvolver novas tecnologias de alto valor agregado, investimento na qualificação de pessoal com foco na área de qualidade e assuntos regulatórios e incorporação e difusão de conhecimentos regulatórios.
Artur explicou o papel das PDPs e sua importância para Bio-Manguinhos - Imagem: Waldemir Barreto
Histórico de parceria
Ao longo de quatro décadas, o PNI consolidou-se como o coordenador de uma relevante intervenção de Saúde Pública de caráter universal, a vacinação. A criação do PNI possibilitou o fortalecimento do papel do Ministério da Saúde na organização e coordenação das ações de vacinação que já eram realizadas há várias décadas e haviam sido responsáveis pela erradicação da varíola, cujo último caso registrado no Brasil data de abril de 1971.
Jornalista: Isabela Pimentel
(Com informações da Assessoria de Comunicação do Instituto Brasileiro de Ação Responsável)
