desenvolvimento de novos produtos teste“Bio-Manguinhos é referência nacional em produção e inovação na área de biofármacos no Brasil”. 

Durante o debate, o vice-diretor da Fiocruz Paraná, Mario Santos Moreira, comentou que realizou uma pesquisa recentemente e chegou a conclusão que somente cinquenta empresas no país produzem biofármacos. “Pouco se pensa em desenvolvimento tecnológico no Brasil porque o nosso cluster é pequeno”, argumentou. A gerente do Laboratório de Tecnologia de Anticorpos Monoclonais, Marcia Arissawa, completou que não só as empresas estão interessadas em inovação para produtos como também as universidades. “Os trabalhos acadêmicos científicos sempre alimentaram o setor. Os pesquisadores se preocupam muito na publicação de ensaios e patentes”, analisou. 

Em sua explanação, Paiva apresentou diversos gargalos que ocorrem atualmente na área de biofármacos no Brasil e um deles foi a deficiência na qualificação de profissionais. “Além de motivar a especialização, com mestrados e doutorados, é importante dar oportunidade de mercado para transformarmos este conhecimento em riqueza de ciência e tecnologia. De 1993 a 2004, 75% das patentes adquiridas nos Estados Unidos adviram das instituições públicas. Que o avanço americano incentive o Brasil a transformar seus trabalhos científicos e pesquisas acadêmicas em produtos para o mercado”, afirmou o secretário-adjunto.

 

Representantes debatem sobre a importância da capacitação dos profissionaisRepresentantes debatem sobre a importância da capacitação dos profissionais
Imagem: Ascom/Bio-Manguinhos

 

Bio no cenário de biofármacos

Para Paiva, Bio-Manguinhos é líder em biofármacos no Brasil. “Que as instituições nacionais tenham as mesmas capacitações, infraestrutura, gestão e qualidade que o Instituto, para dar o salto que tanto precisamos no desenvolvimento tecnológico. Bio está fazendo o certo ao se transformar em empresa pública e mudando seu formato de gestão. Que o Instituto possa trazer, junto com esse movimento, a capacidade de atrair o desenvolvimento de empresas de base tecnológica, instituições de pesquisa e redes que o Ministério da Saúde financia. Espero que a unidade seja a grande impulsionadora, do ponto de vista industrial, de produtos de saúde e insumos estratégicos na área de biofármacos no Brasil”, opina Paiva. 

O seminário é uma discussão anual de ciência e tecnologia e, para Paiva, neste ambiente, é possível observar o que evoluiu de um ano para outro, dentro das políticas públicas, das ações que foram identificadas e das necessidades que foram analisadas. “Do ponto de vista da instituição, o evento pode refletir sobre gestão pública de financiamento e de formulação de política, além de comprovar se ela beneficiou ou não a sociedade como um todo”, concluiu o secretário-adjunto. 

 

Jornalista: Gabriella Ponte

 

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