No último dia 18, Bio-Manguinhos assinou, em cerimônia em Brasília com as presenças do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e de membros do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde (Gecis), o acordo de transferência de tecnologia para a produção do biofármaco alfataliglicerase humana recombinante, que combate a doença de Gaucher.

Assinada com a empresa biofarmacêutica israelense Protalix, a parceria colocará no mercado brasileiro um produto inovador cuja tecnologia é baseada em um sistema de expressão de proteínas em célula vegetal (de raíz de cenoura), que oferece vantagens significativas sobre outras plataformas. “Bio-Manguinhos vem fortalecendo o seu papel estratégico no Complexo Industrial da Saúde, desenvolvendo e absorvendo novas tecnologias que serão incorporadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de gerar economia aos cofres públicos”, destacou o diretor Artur Couto. Ao término do acordo, esse biofármaco será produzido na planta industrial de Bio-Manguinhos no Campus Fiocruz Ceará, onde haverá toda a infraestrutura necessária para produção a partir da plataforma vegetal.

Hoje, o Brasil tem cerca de 600 pacientes cadastrados no SUS para o tratamento da doença de Gaucher. O Ministério da Saúde estima a aquisição de 150.000 frascos/ano para atender a esta demanda. No mundo, existem 6 mil casos. Essa doença é de origem genética, rara, resultante da deficiência da enzima beta-glucocerebrosidase, que leva ao acúmulo de gorduras nos macrófagos, principalmente em baço, fígado, medula óssea e pulmão.

Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs)

No mesmo dia, foram assinadas 27 PDPs entre laboratórios públicos e privados. Dessas, dez envolveram Bio-Manguinhos, todas visando ao desenvolvimento e introdução de novos biofármacos, considerados produtos de alto custo e valor agregado. A formalização dessas parcerias sinaliza o apoio do Governo, através do uso do poder de compra do Estado, e permite o início das negociações entre Bio-Manguinhos e as partes envolvidas para a celebração dos contratos de cooperação tecnológica.

 

Jornalista: Rodrigo Pereira

 

 

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