Em cerimônia no Ministério da Saúde (MS), que reuniu o ministro Alexandre Padilha e os secretários Jarbas Barbosa (de Vigilância em Saúde) e Carlos Gadelha (de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos), Bio-Manguinhos, por intermédio do presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, assinou acordo de cooperação técnico-científica para o desenvolvimento de uma vacina heptavalente. O projeto, uma solicitação expressa do Governo Federal, envolve outros dois laboratórios públicos: Instituto Butantan (SP) e Fundação Ezequiel Dias (Funed/MG).

A heptavalente protegerá contra difteria, tétano, coqueluche (DTP), Haemophilus influenzae b (Hib), poliomielite, hepatite B e meningite C. “As vacinas combinadas possuem diversos benefícios, entre eles o fato de reunir, em apenas uma injeção, vários componentes imunobiológicos. Além disso, os pais precisarão ir menos aos postos de vacinação, resultando em uma maior cobertura vacinal”, observou o ministro Padilha. “O desenvolvimento da hepta representa um importante passo para ocuparmos um espaço relevante no mercado global de vacinas”, acrescentou.

Segundo Alexandre Padilha, o país vem fortalecendo sua rede de cooperação tecnológica e de produção por meio de parcerias entre o setor público e entre este e o privado. Prova disso foi o lançamento, na mesma cerimônia, das vacinas pentavalente e pólio inativada (VIP) no calendário de vacinação. Ambas serão oferecidas a partir de agosto deste ano.

O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, assina o acordo, observado pelo secretário Carlos Gadelha

A tecnologia da VIP é fruto de um acordo entre a Fiocruz, a quem caberá a coordenação da iniciativa, e a empresa Sanofi Pasteur. A vacina injetável contra a pólio (feita com vírus inativado) será utilizada no calendário de rotina, graças à parceria entre Bio-Manguinhos/Fiocruz e a farmacêutica Sanofi Pasteur. Ou seja, a campanha nacional de imunização contra a poliomielite continuará sendo realizada com as duas gotas da vacina oral. “O Zé Gotinha continua vivo e ativo e ganha mais um aliado na luta contra a doença", lembrou o secretário Jarbas Barbosa.

O Brasil utilizará um esquema de vacinação sequencial, com as duas vacinas, aproveitando-se as vantagens de cada uma. A injetável será aplicada aos dois e quatro meses de idade e a oral será ministrada nos reforços, aos seis e 15 meses de vida. Segundo Barbosa, a vacina oral foi fundamental na erradicação da poliomielite no território nacional. Porém, o vírus ainda circula por 23 países. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) recomenda que os países das Américas continuem utilizando a vacina oral até a erradicação mundial da doença.

Já a vacina pentavalente, disponível a partir do segundo semestre no calendário da criança, combina a atual tetravalente (difteria, tétano, coqueluche e Haemophilus influenzae tipo b) com a vacina hepatite B. A produção será garantida pela parceria entre Bio-Manguinhos e o Instituto Butantan. As crianças serão imunizadas aos dois, quatro e aos seis meses de idade.

 

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Agência Fiocruz de Notícias

 

Jornalista: Rodrigo Pereira

 

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