cintia geceis peqO Ministério da Saúde e a Fiocruz anunciam nova etapa no processo de estruturação do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS). Localizado no Distrito Industrial de Santa Cruz, no município do Rio de Janeiro, o CIBS é um passo estratégico para o fortalecimento do Complexo Econômico e Industrial da Saúde (Ceis)

O projeto, inserido no Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) do Governo Federal, é central para a incorporação tecnológica e a soberania nacional na produção de vacinas e biofármacos, além de potencializar o atendimento às demandas de saúde pública globais, em especial no âmbito Sul-Sul. Com capacidade de produzir cerca de até 120 milhões de frascos por ano, o CIBS será o maior centro de processamento de produtos biológicos da América Latina. 

A nova etapa, anunciada durante reunião do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Geceis) do Governo Federal, nesta segunda-feira (24/11), em São Paulo, está focada na estruturação de um novo processo para retomada da construção do CIBS. Para isso, a qualificação do projeto foi proposta no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), ligado à Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (SEPPI) da Casa Civil (CC/PR). O MS anunciou a manutenção do investimento de R$ 6 bilhões — somando recursos públicos e privados — para garantir a plena operacionalização da nova planta de vacinas e biofármacos do CIBS. Desse total, mais de R$ 2 bilhões serão investidos por meio do Novo PAC para fortalecer e estruturar o complexo. 

Também foi firmada uma parceria entre a Fiocruz e a International Finance Corporation (IFC), uma das cinco organizações que integram o Banco Mundial, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A partir da assinatura, o IFC e o BNDES, além da SEPPI, tornam-se parceiros da Fiocruz no desenvolvimento de estudos de estruturação, modelagem e implementação do processo licitatório, na modalidade de Parceria Público-Privada. Prevista para o segundo semestre de 2026, a licitação tem como objetivo abrir concorrência para seleção de uma empresa parceira para construção e operação do empreendimento. 

A assinatura do contrato para estruturação do novo processo que assumirá a continuidade da construção e operação do CIBS ocorre após a aprovação, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), de uma solução consensual para encerramento do contrato com o consórcio vencedor da licitação anterior, que não havia conseguido iniciar a construção do empreendimento. Neste processo, que envolveu instâncias do TCU, do Ministério da Saúde, da Fiocruz e da Advocacia Geral da União (AGU), além do encerramento do contrato, ficou garantida à Fiocruz a titularidade dos estudos técnicos preparatórios desenvolvidos pelo consórcio e seus parceiros, que poderão ser utilizados na continuidade do projeto. 

“Estamos diante de um momento em que a sustentabilidade e a soberania nacional na produção de vacinas e biofármacos assumem novo impulso. O CIBS é uma contribuição decisiva da Fiocruz e do Ministério da Saúde para reduzir as desigualdades no nosso país. Além disso, num contexto em que todo o mundo está mobilizado para a preparação e resposta a emergências, a Fiocruz assume papel estratégico na região”, afirma o presidente da Fiocruz, Mario Moreira.  

“A retomada deste projeto é um pilar estratégico para o Complexo Econômico e Industrial da Saúde. O Cibs permitirá que Bio-Manguinhos possa não apenas internalizar com celeridade todas as PDPs já assumidas junto ao Ministério, mas também responder com a mesma eficiência e qualidade às crescentes demandas nacionais e internacionais, incluindo a oferta de vacinas essenciais, como febre amarela e tríplice viral para países do Sul Global”, destaca a diretora do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), Rosane Cuber

Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS)

mario geceis peq

O projeto da Fiocruz para construção do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS), em Santa Cruz, no Rio de Janeiro, integra uma política de Estado que, a partir da produção de vacinas e medicamentos biológicos, vincula a diminuição da dependência externa para garantia do acesso à saúde ao desenvolvimento tecnológico e industrial do país. Essa capacidade interna viabiliza uma nova inserção no contexto de cooperação global, para garantir o abastecimento da região das Américas e dos países no âmbito da cooperação Sul-Sul, diminuindo a dependência externa dos países em desenvolvimento de insumos estratégicos de saúde, sobretudo em emergências sanitárias.

Com 343 mil m² de área construída, o CIBS será operado por Bio-Manguinhos/Fiocruz. O empreendimento também permitirá a absorção de novas tecnologias, assim como oferecerá maior segurança na execução dos processos e na entrega de produtos. No projeto, estão contempladas estruturas para linha de produção, embalagem, controle de qualidade, estocagem de matéria-prima, depósito de produtos prontos, abastecimento de caminhões para distribuição, além de aparato para tratamento de resíduos e efluentes. 

A produção prevista do CIBS inclui insumos estratégicos, capazes de mudar a vida de pessoas atendidas no SUS e reduzir iniquidades. Para além de vacinas fundamentais, como os imunizantes contra meningite, poliomielite, febre amarela, a vacina hexavalente e a tríplice viral, serão produzidos biomedicamentos que respondem a uma ampla gama de necessidades em saúde pública, desde câncer de mama metastásico até deficiência de produção do hormônio do crescimento (GH), passando por artrite reumatóide, psoríase, insuficiência renal, câncer de pulmão, entre outras.

Fonte: Bio-Manguinhos/Fiocruz e CCS/Fiocruz
Imagens: Divulgação

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