SitePRepresentado pela gestora do Departamento de Assuntos Médicos, Estudos Clínicos e Vigilância Pós-Registro (Deame), Lurdinha Maia, Bio-Manguinhos/Fiocruz participou da mesa de abertura do XII Encontro da Rede Fiocruz de Pesquisa Clínica (RFPC), realizado nos dias 16 e 17 de outubro de 2025, no auditório do Centro Administrativo Vinícius Fonseca, no campus Manguinhos. O evento está sendo promovido pela Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz (VPPCB).

O encontro reuniu gestores, parceiros, pesquisadores e profissionais de diversas unidades da instituição, promovendo reflexões sobre os rumos da pesquisa clínica no Brasil e os desafios de sua consolidação como área estratégica para o Sistema Único de Saúde (SUS). Dentre os parceiros presentes, estavam Drugs for Neglected Diseases initiative (DNDi), o Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT/MS) e o CT Vacinas.

Com o tema central voltado para a diversidade, equidade e inclusão na pesquisa clínica, a programação está abordando planos estratégicos voltados ao Programa Brasil Saudável, desafios regionais na condução de estudos clínicos, participação de gestantes e lactantes em ensaios, ética e Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), ciência de dados e capacitação profissional, além de discussões sobre a voz do paciente e o desenvolvimento de vacinas em resposta a emergências sanitárias.

Alda Maria da Cruz, vice-presidente de Pesquisa e Coleções Biológicas da Fiocruz, destacou que a RFPC é uma construção coletiva com um novo direcionamento para garantir a equidade. “É muito importante a participação dos movimentos sociais para aprimorar a pesquisa clínica e a ciência brasileira. Esses grupos trazem suas experiências ricas e exitosas”.

A vice-presidente também comentou sobre a Lei da Pesquisa Clínica que o Governo Federal regulamentou no último dia 7. “Estamos em um momento de mudanças significativas. A Fiocruz, com seu posicionamento de ética das pesquisas realizadas em seres humanos, possui uma atuação intensa de estudos clínicos em todo o país e até mundialmente. Queremos participar das discussões, pois temos grande responsabilidade com os pacientes desses estudos”.

Durante a abertura, Lurdinha Maia destacou a importância da RFPC para fortalecer o papel estratégico da pesquisa clínica na instituição, fundamentada em valores como cooperação, capacitação, qualidade e inovação. “Para acompanhar essa evolução e oferecer ao SUS produtos diferenciados, são necessários participação e envolvimento de profissionais engajados e de diversas áreas de conhecimento. Essa característica permite o protagonismo no encontro de soluções nesse momento de grandes riscos sanitários, que geram demanda crescente de tecnologias assistenciais em função de desastres ambientais, migrações, novas epidemias e pandemias”.

Os estudos clínicos realizados em Bio-Manguinhos são fundamentais para o desenvolvimento e avaliação clínica de biossimilares, vacinas combinadas e universais para ampliar o acesso e reduzir desigualdades, permitindo otimizar custos de produção e logística sem comprometer a segurança, qualidade ou eficácia. Bio-Manguinhos contribui com uma produção diferenciada, que amplia o acesso aos serviços prestados pelo SUS com vacinas, kits para diagnósticos, biofármados, serviços tecnológicos, incluindo avanços tecnológicos na área de desenvolvimento como terapias com células CAR-T, terapias gênicas e o uso da plataforma de mRNA.

A mesa de abertura também contou com a participação de André Bastos Daher, coordenador da Plataforma de Pesquisa Clínica, e Marcela Caroline Bezerra Gama, coordenadora da RFPC.

Ao longo de dois dias, mesas-redondas e painéis temáticos vão promover um amplo debate sobre a importância da colaboração interunidades, do compartilhamento de experiências e da formação continuada de profissionais envolvidos na pesquisa clínica. A programação inclui ainda apresentações sobre o Hub Internacional da Fiocruz no The Global Health Network, planos de ação do Ministério da Saúde para a área, e experiências com estudos clínicos em doenças como a mpox. O encontro reforça a relevância da pesquisa clínica como eixo estratégico para a inovação em saúde, integrando conhecimento científico, diversidade e participação social em prol de uma ciência cada vez mais inclusiva e transformadora.

Jornalista: Gabriella Ponte
Imagem: André Rocha

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