Bio-Manguinhos/Fiocruz marcou presença no II Fórum de Biotecnologia, Biossimilares e Políticas Públicas, promovido pela Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) entre os dias 16 e 17 de maio, no Blue Tree Faria Lima, em São Paulo. O evento reuniu importantes lideranças da área reumatológica, representantes do Ministério da Saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), instituições públicas e privadas, e especialistas em biotecnologia e políticas de saúde.
Representando o Instituto, participaram a chefe de Gabinete, Tatiana Sanjuan, e a médica reumatologista Amanda Marques, do Departamento de Assuntos Médicos, Estudos Clínicos e Vigilância Pós-Registro (Deame). Amanda compôs a mesa temática Biossimilares, onde apresentou a palestra Atualização das Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) de Biossimilares no Brasil. A sessão discutiu o panorama atual dessas parcerias estratégicas para a produção nacional de biofármacos, destacando o papel dos laboratórios públicos no fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS).
Já Tatiana Sanjuan atuou como moderadora e debatedora na mesa Acesso e Sustentabilidade, que abordou os desafios e estratégias para garantir o acesso às terapias biológicas e medicamentos de alto custo no sistema público de saúde.
“A participação de Bio-Manguinhos no evento reforça a relevância do Instituto como laboratório público nacional envolvido no desenvolvimento e na produção de biofármacos, contribuindo para a sustentabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e para o acesso da população a medicamentos estratégicos. Participar de fóruns como esse é essencial para o alinhamento de políticas públicas, troca de experiências e construção conjunta de soluções que atendam às demandas do país em biotecnologia e saúde pública”, destacou Tatiana.
“As Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) desempenham um papel estratégico não apenas na internalização de tecnologias de ponta, mas principalmente na garantia do acesso da população brasileira a biofármacos de alto custo. No caso dos biossimilares, essas parcerias são fundamentais para ampliar a oferta terapêutica no SUS com segurança, eficácia e sustentabilidade econômica para o sistema público de saúde. É essencial que continuemos a promover o desenvolvimento local e a troca de conhecimento técnico-científico para assegurar que essas terapias cheguem de forma equitativa aos pacientes que mais precisam”, frisou Amanda.
O fórum também debateu temas como o impacto dos biossimilares no acesso às terapias biológicas, as perspectivas econômicas e experiências na intercambialidade desses medicamentos, além da importância do desenvolvimento público em pesquisas sobre doenças autoimunes no Brasil.
A iniciativa, organizada pela Comissão de Biotecnologia da SBR, com o apoio da Comissão de Políticas Públicas e da diretoria executiva da entidade, deverá ter continuidade no próximo ano. O presidente da SBR, Valderílio Azevedo, adiantou: “Certamente, o III fórum, programado para o ano que vem, deverá continuar com os debates acerca das contribuições da reumatologia brasileira para o desenvolvimento e excelência no acesso de pacientes às novas terapias”.
Jornalista: Gabriella Ponte
Imagem: Acervo/Bio-Manguinhos