advac site peqA vice-diretora de Qualidade de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Rosane Cuber, e o gestor do Escritório de Projetos de Desenvolvimento Tecnológico, Hugo Defendi, participaram da turma do ADVAC 2024. O treinamento foi organizado pela Fondation Mérieux & Université de Genève, em " Les Pensières ", Centro de Saúde Global, Veyrier-du-Lac, França, de 6 a 17 de maio.

ADVAC é membro da Colaboração Internacional em Treinamento Avançado em Vacinologia (ICAVT). A rede ICAVT visa interligar cursos de vacinologia em todo o mundo, a fim de facilitar o contato, a troca de informações e a colaboração. É um programa anual de treinamento de duas semanas para tomadores de decisão, incluindo academia, indústria, agências governamentais e não governamentais.

O curso visa facilitar a tomada de decisões críticas em vacinologia, proporcionando aos participantes uma visão abrangente dos vários aspectos da vacinologia (imunologia, desenvolvimento de vacinas, ensaios clínicos, processos regulatórios, questões específicas de vacinas, incluindo novas vacinas, estratégias e políticas de vacinação, programas de implementação, emergências humanitárias, questões sociais, econômicas, políticas e éticas, financiamento e comunicações…).

Este curso avançado destina-se a cientistas e decisores envolvidos no desenvolvimento de vacinas, na elaboração de novas estratégias de vacinação ou em decisões políticas relacionadas com a introdução de novas vacinas em programas de saúde pública, a nível nacional ou internacional. É relevante tanto para o setor público como para o privado. Membros da Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI), GlaxoSmithKline, Janssen Vaccines & Prevention BV, Merck, Moderna, Pfizer, Sanofi, Serum Institute of India e Takeda também fizeram parte da turma. OMS, GAVI e integrantes dos NITAGs (Grupo assessor técnico para imunização nacional, National Immunization Technical Advisory Group) de vários países também estavam presentes.

Rosane frisou que o retorno da participação de Bio-Manguinhos em 2024, após alguns anos sem enviar alunos para o ADVAC, é importante para reestabelecer não só o vínculo entre alunos, mas esse ano especialmente porque o Instituto se tornou oficialmente um patrocinador do curso, o que irá proporcionar um fluxo de envio de alunos mais constante.

“Esse treinamento proporciona aos participantes a habilidade de usar critérios racionais para decisões baseadas em evidências na introdução de novas vacinas nos programas de imunização; a identificação de requerimentos para as estratégias de vacinação em condições especiais como, por exemplo, nas estratégias de erradicação de doenças, vacinação de neonatos, idosos, imunocomprometidos e pessoas infectadas com HIV. Permite, ainda, a avaliação de condições ideais para realização de estudos clínicos, incluindo questões éticas, com uma forte ênfase em segurança, bem como a entrega de vacinas e reporte de eventos adversos após imunização. Os alunos concluem o curso com um conhecimento bastante aprofundado dos recentes desenvolvimentos de novas vacinas ou melhoramento de vacinas já existentes e novas estratégias de vacinação”, completou.

Hugo destacou como o conhecimento adquirido pode ser aplicado em Bio-Manguinhos. “O curso tem um propósito muito claro que é dar uma perspectiva ampla da vacinologia para os participantes, desde o conteúdo programático que é pensada de A a Z no alfabeto da vacinologia, a composição da turma, que engloba diversas competências, e os exercícios e dinâmicas em grupo, que fomentam a interação e integração dos vários conhecimentos. Me chamou muito a atenção a importância dos dados gerados no desenvolvimento de vacinas, principalmente nos desenhos de estudos clínicos, para a tomada de decisão na implementação de uma vacina em determinado território”.

Além desses dados muitos outros devem ser levados em consideração, segundo Hugo. “Temos que nos atentar ao contexto epidemiológico, orçamentário e da cadeia produtiva quando se decide implementar uma vacina no programa de imunização de um país. Estes conhecimentos adquiridos, do ponto de vista estratégico e técnico, certamente serão uteis para desenharmos projetos de desenvolvimento de vacinas que possam ser mais aderentes às nossas necessidades”, concluiu.

Texto: Gabriella Ponte
Imagem: Acervo/Bio-Manguinhos

 

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