img acordo hexavalenteO Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e a farmacêutica Sanofi assinaram ontem (27/03) um Memorando de Entendimento afirmando o interesse mútuo em estabelecer mais colaborações, explorando possibilidades futuras de colaborações em prol da imunização. As duas instituições já possuem um longo histórico de parcerias e transferências de tecnologia.

Bio-Manguinhos e Sanofi têm em andamento uma parceria para a transferência de tecnologia da Vacina Inativada contra a Poliomielite (VIP), que é disponibilizada no SUS desde agosto de 2012. A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa grave que provocou epidemias no mundo todo. No Brasil, o Plano Nacional de Controle da Poliomielite, criado em 1971, e as ações desenvolvidas contribuíram para a eliminação da doença no país, sendo que o último caso ocorreu em 1989.

Em janeiro deste ano, as duas instituições assinaram ainda um acordo de transferência de tecnologia para a produção nacional da vacina hexavalente acelular. O imunizante oferece proteção contra seis doenças que podem vir a ser graves (difteria, tétano, coqueluche, doenças provocadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b, hepatite B e poliomielite) e atualmente está disponível no SUS, por meio dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), para bebês nascidos com idade gestacional inferior a 33 semanas.

As vacinas combinadas são um importante pilar para o avanço da cobertura vacinal, pois permitem a simplificação do calendário vacinal, colaborando para o aumento das taxas de cobertura vacinal contra doenças infecciosas. Representam também ganhos na cadeia de frio e logística, e otimizam o trabalho do profissional de saúde na ponta e proporcionando maior economicidade para o SUS. Com o acordo, Bio-Manguinhos passará a produzir e ser fornecedor da vacina hexavalente acelular ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, enfatiza o compromisso do Instituto em produzir imunobiológicos que aumentem o acesso da população a produtos estratégicos voltados à prevenção de doenças. “Esse processo trará ao Brasil a produção nacional do imunizante e contribuirá para o desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, uma iniciativa que engloba uma série de programas estruturantes visando expandir a produção nacional de insumos, medicamentos e outros produtos de saúde”.

 

Texto: Thais Christ
Imagem: Raquel Portugal

 

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