peq rosane siteCoalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (sigla CEPI em inglês) promoveu o evento “Pesquisa de contramedidas médicas e Mesa Redonda de Financiadores de Desenvolvimento”, dias 25 e 26 de outubro, em Bruxelas. A vice-diretora de Qualidade de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Rosane Cuber, estava representando a Fiocruz nas discussões cujos participantes eram agências governamentais financiadoras de projetos, Fundação Bill & Mellinda Gates e Wellcome Trust, além de centros de controle de doenças

A mesa redonda foi uma oportunidade para os financiadores de P&D discutirem objetivos, desafios e pensamentos comuns, compartilhando oportunidades e opções de colaboração para o Projeto “100 Days Mission”. Rosane participou da discussão “Plataformas e fabricação: Estabelecendo plataformas adaptáveis para vacinas de rotina e de resposta a emergências” com Gary Disbrow, do Biomedical Advanced Research and Development Authority - BARDA (USA) e Shingai Machingaidz, do Africa Centre for Disease Control. Rosane, em sua fala, pontuou quais foram os desafios para estabelecer em Bio-Manguinhos uma plataforma adaptável para a resposta a covid-19 e quais são os gargalos que ainda precisam ser discutidos para que as instalações estejam preparadas no futuro para a produção de vacina contra a “Disease X”. Rosane informou também que o relatório dessa reunião será publicado em breve pela CEPI, seguindo o escopo de transparência e da gestão do conhecimento científico dessa iniciativa.

Tal como a covid-19 ilustrou, é necessário definir funções e responsabilidades mais claras para atividades-chave no âmbito da preparação e resposta a pandemias. Plataformas de resposta rápida, particularmente a plataforma de RNA mensageiro (mRNA), mudaram o cenário do desenvolvimento de vacinas, permitindo um eficiente controle da covid-19. Plataformas de resposta rápida são sistemas que podem ser adaptados contra diferentes patógenos. No caso das vacinas de mRNA, elas foram desenvolvidas ao longo de vários anos para tratar gripe e zika e mostraram um alto nível de eficácia contra o SARS-CoV2. As novas tecnologias como biologia estrutural, engenharia de proteínas e plataformas e rápida fabricação melhoraram a capacidade de preparar e responder às ameaças emergentes.

A maneira mais eficiente de aumentar o fornecimento de vacinas a longo prazo é construir instalações de produção de vacinas “ever-warm” (sempre prontas para entrar em operação), que sejam multiplataforma e multifunções, com uma força de trabalho treinada, de modo que as instalações possam ser preparadas quando ocorrer um surto.

Jornalista: Gabriella Ponte
Imagem: Manuela Machado

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