Entre os dias 17 e 19 de outubro, Bio-Manguinhos/Fiocruz participou do World Vaccine Congress Europe 2023. Realizado em Barcelona, na Espanha, o evento que conta com dezenas de painéis e mesas redondas sobre os mais diversos temas relacionados ao universo dos imunizantes, é um dos principais congressos de vacinas do mundo, reunindo centenas de palestrantes e especialistas em uma oportunidade única de networking.
Rosane Cuber, vice-diretora de Qualidade de Bio-Manguinhos, participou do painel “Caminhando em direção ao alinhamento regulatório global”, dentro da Conferência de Bioprocesso e Fabricação. Também estavam participando desta discussão Parag Nacarar (Serum Institute of India), Mic McGoldrick (Merck), Laura Viviani (SciEthiQ), Catherine Milne (EDQM) e Maria Fernanda Reis e Silva Thees (Anvisa).
Atualmente, o mundo está testemunhando um esforço global sem precedentes para alinhar regulamentações na área de imunobiológicos. Isso ocorre em grande parte devido à urgência e à importância de vacinas e terapias relacionadas à imunização depois da pandemia de covid-19. Muitas nações estão buscando harmonizar seus processos de aprovação de imunobiológicos, tornando-os mais eficientes e consistentes. Isso ajuda a acelerar o desenvolvimento e a distribuição desses produtos.
Outro ponto é que as agências regulatórias em todo o mundo estão colaborando mais do que nunca, compartilhando dados, experiências e boas práticas para que as empresas farmacêuticas tomem decisões mais informadas. Além disso, estas organizações estão trabalhando em conjunto para aumentar a produção de imunobiológicos, garantindo que mais pessoas tenham acesso a essas soluções de saúde. As regulamentações estão se concentrando na garantia da segurança dos imunobiológicos, tanto durante a pesquisa e desenvolvimento quanto na distribuição. Isso inclui a farmacovigilância, que faz o monitoramento rigoroso dos eventos adversos.
Outra questão intensamente debatida desde o início da pandemia é a distribuição justa e equitativa de imunobiológicos, garantindo que países com menos recursos também tenham acesso às vacinas e terapias. Em suma, esse esforço global de alinhamento regulatório é uma resposta à necessidade urgente de enfrentar as próximas pandemias e outras ameaças à saúde pública de forma mais eficaz e colaborativa. É um testemunho da capacidade de cooperação global quando se trata de proteger a saúde e o bem-estar de todos.
Jornalista: Gabriella Ponte
Imagem: Acervo/ Bio-Manguinhos