site bio dcvmn 9 23A 24ª Assembleia Geral Anual da Rede de Produtores de Vacinas dos Países em Desenvolvimento (DCVMN) foi realizada de 19 a 21 de setembro em Cape Town, África do Sul. Esta foi mais uma oportunidade para Bio-Manguinhos/Fiocruz participar de uma discussão global sobre acelerar a fabricação regional sustentável de vacinas por meio de parcerias.

O vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, o diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, o vice-diretor de Inovação, Sotiris Missailidis, o vice-diretor de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Artur Couto, o assessor científico sênior e coordenador do Projeto Pela Reconquista das Altas Coberturas Vacinais (PRCV), Akira Homma, a gerente da Divisão de Novos Negócios, Perla Villani, e a médica epidemiologista do Departamento de Assuntos Médicos, Estudos Clínicos e Vigilância Pós-Registro, Eliane Matos, estavam presentes no evento.

Mauricio Zuma teve uma fala no CEO Forum, painel que contava com a presença do diretor do Instituo Butantan, Esper Georges Kallás, além dos CEOs da Incepta, SK Biosciences, Instituto Pasteur de Dakar, Biovac, BioFarma e Sinergium Biotech. Na ocasião, ele comentou que Bio-Manguinhos tem longa tradição no estabelecimento de parcerias para construir uma sólida competência na fabricação de vacinas, visando principalmente a capacitação local e a autossustentabilidade no Brasil.

“Esta capacitação permitiu-nos responder rapidamente à pandemia de Covid-19 com a vacina recombinante. Outra contribuição importante é a vacina candidata de mRNA Covid-19, devido à qual Bio-Manguinhos foi escolhida pela OPAS/OMS para ser um centro para acelerar o desenvolvimento e transferir a tecnologia e/ou fornecê-la para outros países da América Latina e região do Caribe”, citou.

Além disso, ele apontou que Bio-Manguinhos está empenhado em aumentar o acesso às vacinas em outros países de diferentes formas. “Exportamos a vacina contra febre amarela há mais de 20 anos e temos trabalhado em diversos projetos para otimizar sua capacidade, bem como na pré-qualificação de outras vacinas. Estamos construindo o Complexo Industrial de Biotecnologia da Saúde, uma nova instalação de envase e acabamento com capacidade para 120 milhões de frascos em diferentes apresentações, o que nos permitirá não apenas fornecer novas vacinas ao povo brasileiro, mas também aumentar a contribuição para a saúde global. Estabelecemos uma planta piloto para escalar projetos/fabricar lotes clínicos, que possa prestar serviços a outras instituições”.

E, segundo Zuma, existem possibilidades adicionais para reforçar as capacidades locais e regionais, como fazer as alianças certas, aproveitando as melhores capacidades de cada instituição de forma integrada; explorar diferentes modelos de negócios para avançar processos, além de parcerias de transferência de tecnologia e codesenvolvimento; reforçar as colaborações destinadas a ações concretas para a saúde pública global; articular-se com órgãos governamentais e agências internacionais para ter o apoio necessário para novos projetos focados nas necessidades globais de saúde pública; e participar como centro de colaboração para preparação.

Eliane Matos participou do painel “Aproveitar o poder das mulheres na expansão da cobertura vacinal” junto com especialistas da Biovac, Instituto Butantan, Bio Farma Indonésia e Sinopharm CNBG. As vacinas são a ferramenta de saúde pública mais economicamente acessíveis para qualquer país na prevenção de doenças e o trabalho de muitas mulheres tem sido crucial para aumentar a cobertura e a equidade vacinal. Portanto, a inovação deve estender-se desde a produção até à administração das vacinas, segundo essas especialistas.

Jornalista: Gabriella Ponte
Imagem: DVCMN

Alerta de cookies

Este site armazena dados temporariamente para melhorar a experiência de navegação de seus usuários. Ao continuar você concorda com a nossa política de uso de cookies.

Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade clicando no botão ao lado.