De acordo com dados da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), cerca de 70% da população mundial não sabe o que são linfomas, tipos de câncer que acometem o sistema linfático ou imunológico, mais comum em pacientes entre 15 e 30 anos de idade e naqueles acima dos 60 anos. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que cerca de 15 mil novos casos de linfomas sejam diagnosticados neste ano no Brasil e cerca de 4 mil pessoas morrem anualmente em consequência de linfoma. Para alertar sobre a existência da doença e da importância do diagnóstico precoce, o dia 15 de setembro é marcado como o Dia Mundial de Conscientização dos Linfomas.
Eles são divididos em dois grupos: linfomas de Hodgkin e linfomas não Hodgkin. Os linfomas não Hodgkin têm crescimento lento e podem demorar anos sem tratamento até causar sintomas. Já os linfomas de Hodgkin costumam ser agressivos, crescem de modo rápido e requerem tratamento imediato. A manifestação clínica mais comum é o aumento dos gânglios linfáticos. Outros sintomas incluem febre, sudorese noturna, perda ponderal, fadiga, coceira, anemia, (bem como falência da fabricação dos elementos sanguíneos pela medula óssea). Alguns pacientes, no entanto, são assintomáticos ao diagnóstico.
A produção do biofármaco rituximabe para atender quase 9 mil pacientes no SUS ocorre a partir da Política de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) e acordo de transferência de tecnologia assinado entre Bio-Manguinhos/Fiocruz, Sandoz e Bionovis. Através da PDP, as produtoras nacionais recebem a tecnologia da Sandoz e incorporam o biossimilar em seus portfolios. A assinatura deste acordo em 2020 foi um marco pois, naquela ocasião, o Instituto começava a atuar na produção de medicamentos oncológicos.
A incorporação deste biofármaco é a materialidade da consolidação do papel de Bio-Manguinhos/Fiocruz na redução da dependência produtiva e tecnológica externa, que potencializa a sustentabilidade econômico-financeira do Sistema Único de Saúde (SUS) e traz garantia de fornecimento aos pacientes brasileiros, além da ampliação de acesso a este biofármaco que teve aprovação recente para tratamento de Leucemia Linfocítica Crônica, colaborando ainda para o fortalecimento do Complexo Industrial da Saúde.
Jornalista: Gabriella Ponte
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