peq evento g20Bio-Manguinhos/Fiocruz participou do “Global Vaccine Research Collaborative”, um evento organizado pela Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (CEPI) e PATH (Global Health Organization) para construir um consenso para a preparação futura para uma pandemia. O evento foi concebido como uma abertura da 3ª reunião do G20 Health Working Group (HWG), no ITC Kohenur, Hyderabad, Índia.

Global Vaccine Research Collaborative (GVRC), ou Pesquisa Colaborativa Global de Vacinas em português, tem o objetivo de reunir uma base de conhecimento de pesquisa compartilhada, uma biblioteca mundial de vacinas para patógenos prioritários da OMS e uma rede internacional para responder de forma colaborativa aos desafios globais em P&D de vacinas. O GVRC visa promover a colaboração entre várias partes interessadas, incluindo os Estados Membros do G20, estados não membros, organizações internacionais, fabricantes de vacinas, existentes redes de colaboração e outras partes interessadas relevantes.

O vice-diretor de Inovação de Bio-Manguinhos, Sotiris Missailidis, participou do painel: "Estrutura e princípios para uma melhor preparação para P&D de vacinas". Esta sessão tinha a proposta de recomendar o mecanismo de operação para o GVRC e seu melhor ajuste na área médica, criando uma plataforma de contramedidas, uma rede de redes, fornecer orientação para o engajamento efetivo do G20 no GVRC e compartilhar conselhos sobre como manter a P&D de vacinas durante o período intermediário entre as emergências de saúde.

Em sua apresentação, Sotiris falou da importância de alavancar o financiamento na P&D dos imunizantes e garantir o acesso igualitário aos fundos. “Na maioria das vezes, as organizações mais estruturadas acabam fazendo um melhor uso dos recursos, pois são aquelas que recebem financiamento e conseguem atingir os objetivos do projeto. No entanto, isso reforça a concentração e cria obstáculos para a inclusão e o acesso equitativo aos recursos. Nesse sentido, um esforço de capacitação para captação de recursos, gestão de projetos e portfólio naquelas organizações carentes ou com habilidades incipientes podem desenvolver suas próprias capacidades”, sugeriu o vice-diretor.

Para ele, são necessárias propostas que estimulem a colaboração dentro dos países e entre as regiões a fim de obter melhor sinergia e complementaridade. E, para que haja sustentabilidade de longo prazo do GVRC para além da presidência do G20 da Índia, o vice-diretor acredita que é preciso ter contratos vinculativos e uma política acordada entre os membros constituintes, não conectada à governança temporária em qualquer nível. “A institucionalização do GVRC nos países do G20 e entre as partes interessadas pode, a longo prazo, fornecer um terreno comum e uma estrutura institucional mais estável para uma operação sustentável”, concluiu.

Texto: Gabriella Ponte
Imagem: DCVMN

 

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