PEQ doencas 2022Em 2022, a Covid-19 parecia ser uma doença mais conhecida e melhor controlada. Só que o surgimento de novas variantes na Europa, e a da subvariante da Ômicron deixaram em alerta mais uma vez os sistemas de saúde, que também tiveram que lidar com a volta de velhos conhecidos, como a poliomielite e o ebola.

Também tivemos que combater outras doenças que eram pouco comentadas, que passaram a fazer parte do nosso vocabulário.

Poliomielite
Em abril, a Unicef já havia emitido o alerta: com a baixa vacinação, o sarampo e a polio poderiam votar ao mundo.

Os baixos números no início da campanha de imunização em todo o mundo, e especialmente no Brasil, fizeram as autoridades de saúde a tomar medidas para incentivar a vacinação.

Em Nova York, o primeiro caso de poliomielite em décadas foi registrado em julho deste ano. O vírus também foi encontrado em águas residuais no estado norte-americano. Após encontrar o vírus no esgoto, uma vacinação adicional foi considerada pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

Praticamente erradicada do mundo, especialistas começaram a questionar como o vírus, aparentemente, “voltou dos mortos”.

No Brasil, há um caso suspeito investigado em Roraima.

A campanha de vacinação foi prorrogada pelo Ministério da Saúde por duas vezes. São Paulo e Rio de Janeiro também alteraram os prazos por conta própria, e até agora algumas cidades, como Campinas, no interior paulista, seguem com campanhas locais para tentar aumentar a cobertura vacinal.

Varíola (e varíola dos macacos)
Outra doença erradicada – aliás, com a primeira vacina criada no mundo, a varíola voltou a preocupar a Organização Mundial da Saúde. Mas não a primeira forma da doença. E sim uma variante, chamada de varíola dos macacos – nomenclatura em português de Monkeypox, e, no fim do ano, abreviada para Mpox.

Ela começou a aparecer no mundo a partir do mês de maio.

O Brasil também foi afetado pela doença provocada por um vírus que causa o aparecimento de várias feridas pelo corpo, como se fossem espinhas.

Primeiro em homens, os casos começaram a se espalhar entre mulheres e até crianças.

Oito pessoas morreram no país, mas, segundo o Ministério da Saúde, todas tinham algum histórico de doença pré-existente. Os casos ultrapassaram cinco mil.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) fez uma recomendação para reforço de vacinação de todos os profissionais de saúde, especialmente aqueles que trabalham em laboratório.

Uma vacina para a Mpox é estudada no Brasil, e cientistas ainda avaliam quais são os novos desdobramentos da doença.

O vírus é transmitido de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. O período de incubação é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias.

Surto de Ebola em Uganda
Em setembro, o país africano declarou surto de Ebola, uma doença grave, muitas vezes fatal, após a morte de um homem. A partir daí, os casos começaram a se espalhar.

Os Estados Unidos encaminharam, em outubro, um anticorpo experimental de medicamento para o país tentar imunizar a população de alguma forma.

Vírus Marburg
Os primeiros casos de uma das variantes do vírus Ebola surgiu em Gana, na África Ocidental, em julho. Um mês depois, uma criança infectada morreu.

O vírus é transmitido às pessoas por morcegos que se alimentam de frutos e se espalha entre humanos através do contato direto com os fluidos corporais, superfícies e materiais contaminados.

A doença, que começa de maneira abrupta, apresenta febre alta, dor de cabeça intensa e mal-estar. O período de incubação da doença varia de 2 a 21 dias. Os pacientes desenvolvem sinais hemorrágicos graves dentro de sete dias.

Epidemia de câncer
Uma revisão de registros de câncer de 44 países, publicada em outubro, apontou que a incidência de câncer de início precoce está aumentando rapidamente para câncer colorretal e 13 outros tipos.

Entre 1988 e 2015, esses aumentos anuais ampliaram as taxas de câncer colorretal precoce de quase 8 por cada 100.000 pessoas para quase 13 por 100.000 – um aumento de 63%.

O estudo aponta que o aumento está acontecendo em muitos pacientes de países de média e alta rendas e em adultos mais jovens, e que o câncer não é mais “uma doença de idoso”. Um dos motivos seria a sensibilidade maior dos testes para alguns tipos de câncer, como o de tireoide.

 

Fonte: CNN Online
Imagem: Clay Banks/Unsplash

 

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