AG BRASIL POLIO SITE pequenaSegundo o Ministério da Saúde, a cobertura vacinal contra a poliomielite atingiu apenas 52% do público-alvo: a meta preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) é de, pelo menos, 95% para manutenção da erradicação, eliminação ou controle de doenças imunopreveníveis. Essa diminuição acendeu um sinal de alerta para o alto risco do retorno do vírus no Brasil. A poliomielite é uma doença infectocontagiosa aguda, causada por um vírus que vive no intestino, denominado Poliovírus. Embora ocorra com maior frequência em crianças menores de quatro anos, também pode ocorrer em adultos. O período de incubação da doença varia de dois a trinta dias sendo, em geral, de sete a doze.

Os infectados pelo vírus podem desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte. Em geral, a paralisia se manifesta nos membros inferiores de forma assimétrica, ou seja, ocorre apenas em um dos membros. As principais características são a perda da força muscular e dos reflexos, com manutenção da sensibilidade no membro atingido. Outros sintomas são parecidos com os de outras doenças virais ou semelhantes às infecções respiratórias como a gripe - febre e dor de garganta - ou infecções gastrintestinais, como náusea, vômito, constipação (prisão de ventre), dor abdominal e, raramente, diarreia.

A transmissão da doença se dá de forma direta, através da boca, com material contaminado com fezes (contato fecal-oral), o que é crítico quando as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Por este motivo, crianças mais novas, que ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior risco de contrair a doença. Além disso, o Poliovírus também pode ser disseminado por contaminação da água e de alimentos por fezes, pela forma oral-oral, através de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar. Importante salientar que, desenvolvendo ou não sintomas, o indivíduo infectado elimina o vírus nas fezes, que pode ser adquirido por outras pessoas por via oral. Inclusive, a transmissão é mais frequente a partir de indivíduos sem sintomas.

A poliomielite não tem tratamento específico e pode ser evitada tanto através da vacinação como por meio de medidas preventivas contra doenças transmitidas por contaminação fecal de água e alimentos. No Brasil, a vacina é dada rotineiramente nos postos da rede municipal de saúde e durante as campanhas nacionais, e deve ser iniciada a partir dos dois meses de vida, com mais duas doses aos quatro e seis meses, respectivamente, além dos reforços entre 15 e 18 meses e aos 5 anos de idade.

Com o objetivo de incentivar a imunização, não só da pólio, mas de todas as vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a Coordenadora do Projeto pela Reconquista das Altas Coberturas Vacinais e da Assessoria Clínica de Bio-Manguinhos, Lurdinha Maia, conversou com o programa Boletim Ciência, do Canal Saúde. Clique aqui e assista o programa na íntegra.

Clique aqui para mais informações sobre a doença.

 

Jornalista: Juliana Xavier com informações do Ministério da Saúde e Portal Fiocruz.
Imagem: Unicef

 

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