Bio-Manguinhos participou do Simpósio de Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que aconteceu no dia 25/8, no auditório da FGV, em São Paulo. O evento buscou favorecer o fortalecimento da estruturação de redes de pesquisadores nacionais e internacionais, e teve como objetivo promover o desenvolvimento de projetos de pesquisa multidisciplinares com impacto real no avanço socioeconômico nacional. O instituto foi representado pelo vice-diretor de Gestão e Mercado, Artur Couto, que falou sobre ‘Vacinas, transferência de tecnologia e relações internacionais com a indústria farmacêutica’. Artur destacou a gestão da inovação que acontece em Bio-Manguinhos e que foi motivada por um gap tecnológico identificado na década de 70. Segundo ele, visando diminuir esse desequilíbrio causado pela falta de investimento, a instituição começou a atuar na transferência de tecnologia com diversos parceiros, seja para desenvolvimento dos produtos, seja para construção de alianças estratégicas, sendo a mais recente com a AstraZeneca, para incorporação da vacina Covid-19.

Nesse sentido, o vice-diretor falou, ainda, sobre um novo e promissor desafio de Bio: a implementação da plataforma de mRNA para projetos de vacinas ou imunoterapias. “Bio-Manguinhos foi escolhido como hub da Organização Mundial da Saúde (OMS) para acelerar o desenvolvimento, a produção, o fornecimento e a transferência de tecnologia da vacina Covid-19 para países de menor acesso da América Latina e Caribe", explicou. Para isso, a Opas/OMS colocou à disposição da Fiocruz uma equipe de especialistas internacionais com experiência nos diferentes aspectos de desenvolvimento e produção de vacinas desta natureza. Essa escolha também foi incentivada, pelo fato de Bio já dispor de uma planta suficientemente avançada para a produção da vacina candidata, não sendo necessária a construção de uma nova fábrica.

Participaram como palestrantes, juntamente com Artur, o diretor de Impacto para Pacientes e Saúde da Pfizer, Márcio Fontão dos Reis, Wellington Briques, do Instituto Butantan, além da professora Elize Massard e Rudi Rocha, ambos da FGV EAESP, os professores Kenneth C. Shadlen, da London School of Economics (LSE) e Manoel Barral, da Fiocruz. A mediação foi do professor Claudio Struchiner, da FGV EMAp.

Biosimilars Latam
No mesmo dia, à tarde, foi a vez da vice-diretora de Qualidade de Bio-Manguinhos, Rosane Cuber, representar o Instituto no simpósio Biosimilars Latam 2022. O evento, realizado em formato híbrido, reuniu análises e informações sobre estratégias de comercialização, regulamentação, boas práticas de fabricação e distribuição, tendências do mercado internacional e informações sobre a prática clínica e prescrição desses medicamentos no país, buscando maior acesso aos tratamentos biológicos para pacientes no Brasil.

Em sua palestra, Rosane falou sobre a "Esterilidade no Contexto da Produção de um Produto Biológico" e versousobre as garantias necessárias para a fabricação de produtos estéreis, o controle de qualidade de processos assépticos e o monitoramento contínuo da cadeia produtiva deste tipo de medicamento, baseada no draft do Anexo 1 do Guia de Boas Práticas Fabris da União Européia, que, por coincidência, teve sua publicação também no dia 25.

"Quando se trata de esterilidade, não basta que o produto esteja apto apenas na avaliação final de qualidade. É necessária uma série de estratégias de controle de contaminação ao longo do processo produtivo a fim de assegurar que um medicamento é estéril", explicou Rosane.

O Biosimilars Latam é um fórum anual promovido pela empresa eslovaca JackLeckerman e que reúne especialistas de toda América Latina para discutir atualizações regulamentais e boas práticas fabris em medicamentos biológicos.

 

Jornalistas: Juliana Xavier e Thais Christ
Imagem: Divulgação

 

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