A Fiocruz, por meio da presidente Nísia Trindade Lima, tem acompanhado as discussões da 75ª Assembleia Mundial da Saúde, que acontece em Genebra, na Suíça, até este sábado (28 de maio), sob o lema "Saúde pela paz, paz pela saúde". Principal órgão decisório da Organização Mundial da Saúde (OMS), o espaço define a agenda em saúde global, a partir de decisões, acordos e colaborações que orientarão as estratégias em vistas a uma melhor saúde e bem-estar para as populações dos diferentes países. Eventos paralelos também reúnem autoridades em saúde de todo o mundo.

Durante o evento, a Fiocruz participou de encontro de ministros do Programa do Centro de Transferência Tecnológica da vacina de m-RNA da OMS, organizado pela The Medicines Patent Pool, o Departamento de Ciência e Inovação da África do Sul e o Ministério de Negócios Exteriores da França, com suporte da OMS. O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) foi escolhido pela OMS/Opas em setembro passado para ser um dos hubs regionais de produção dessas vacinas. O Centro visa enfrentar a iniquidade global no acesso a vacinas e garantir a segurança sanitária por meio do aprimoramento da capacidade de produção de vacinas de m-RNA contra a Covid-19 de países baixa e média renda. O Centro também foi pensado para a difusão do desenvolvimento de outros produtos, vacinas e tratamentos a partir da tecnologia de m-RNA.

Ao lado de autoridades ministeriais, como a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, e o secretário de Vigilância em Saúde do Brasil, Arnaldo Medeiros, Nísia reafirmou o compromisso com a busca de um arranjo produtivo local. “Já existe a interação com o braço Argentino do hub, coordenado pela biofarmacêutica Sinergium Biotech. A busca de articulação adicional com Institutos e empresas da região já está sendo feita para a cadeia de suprimentos dos insumos críticos”, contou.

O secretário de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde do Brasil, Arnaldo Medeiros, reforçou a necessidade de se fortalecerem os sistemas nacionais de saúde em vistas de uma preparação mais efetiva para futuras emergências sanitárias. “Outro elemento indispensável diz respeito à expansão das capacidades produtivas nacionais e regionais , baseadas na promoção de investimentos e tecnologias, inclusive por meio da transferência tecnológica”, completou. E celebrou a escolha de Bio-Manguinhos/Fiocruz como hub para a produção de vacinas de m-RNA. “O Brasil tem a intenção de promover o acesso justo e equitativo a vacinas e outros produtos de saúde”.

Nísia acrescentou que, além da perspectiva regional, seria necessária uma perspectiva do Sul Global, do conjunto de países de baixa e média renda. “Podemos compartilhar informações sobre processos, como fizemos recentemente na África do Sul, também a respeito da tecnologia específica da Fiocruz. Temos diferentes abordagens, mas o mesmo objetivo”, defendeu.

Confira material específico sobre o projeto de vacina de mRNA para Covid-19 que Bio-Manguinhos/Fiocruz produziu para os participantes da Assembleia Mundial da Saúde, nas versões em inglês e espanhol.

 

 

Jornalista: Paulo Schueler, com informações de Ciro Oiticica, da Agência Fiocruz de Notícias. Imagem: Rawpixel.com.

 

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