A Organização Mundial da Saúde (OMS) iniciou campanha sobre o Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs), comemorado em 30 de janeiro, com o tema "Alcançar a equidade em saúde para acabar com a negligência das doenças relacionadas à pobreza". Em evento online, o diretor-geral assistente da OMS, Ren Minghui, que lidera a Divisão de Cobertura Universal de Saúde, afirmou que o organismo continuará trabalhando com países endêmicos para DTNs e com todos os parceiros para ajudar aqueles que sofrem tais doenças.

2022 é o primeiro ano em que o Dia Mundial conta com participação da OMS, após reomendação feita no ano passado pela Assembleia Mundial da Saúde. A data coincidirá ainda com o Dia Mundial da Hanseníase, tradicionalmente comemorado no último domingo de janeiro. A celebração inaugural dos parceiros foi em 2020.

As DTNs são comuns nas regiões mais pobres do mundo, onde o acesso à água potável, saneamento e a cuidados de saúde são precários. As DTNs afetam mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo, e são causadas principalmente por uma variedade de patógenos, incluindo vírus, bactérias, parasitas, fungos es toxinas. Elas são classificadas como “negligenciadas” porque estão quase ausentes da agenda global de saúde, contam com pouco financiamento e estão associadas à exclusão social. "São doenças de populações negligenciadas que perpetuam um ciclo de maus resultados educacionais e oportunidades profissionais limitadas", nas palavras da OMS.

As DTNs incluem úlcera de Buruli, doença de Chagas, dengue, febre chikungunya, dracunculíase (doença do verme da Guiné), equinococose, trematodiases transmitidas por alimentos, tripanossomíase humana africana (doença do sono), leishmaniose, hanseníase (doença de Hansen), filariose linfática, micoses profundas, oncocercose (cegueira dos rios), raiva, escabiose e outras ectoparasitoses, esquistossomose, helmintíases transmitidas pelo solo e acidentes ofídicos, dentre outras enfermidades.

Além da mortalidade e da morbidade significativas - aproximadamente 200 mil mortes e 19 milhões de anos de vida ajustados por incapacidade perdidos anualmente, as DTNs custam bilhões de dólares aos sistemas de saúde, além de perda de produtividade e redução daa tividade socioeconômica e realização educacional.

A ação da OMS para as DTNs é guiada pelo novo Roteiro 2021-2030.

 

Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: Yingthun, Freepik.

 

 

 

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