Ele tem em média 1 centímetro de tamanho, possui riscos brancos nas patas, na cabeça e no corpo, e é o principal transmissor de vírus causadores de três doenças perigosas: Dengue, Zika e Chikungunya. Seu nome pode até ser difícil de se pronunciar, mas o combate ao mosquito Aedes aegypti é tão simples e fácil que pode ser feito no quintal de casa. Para incentivar os brasileiros a colocarem na rotina uma iniciativa que pode salvar vidas, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Combata o mosquito todo dia”.

Na cerimônia, o secretário de Vigilância em Saúde (SVS), Arnaldo Medeiros, enfatizou que mesmo em um momento delicado como a crise pandêmica de COVID-19, o Ministério da Saúde tem se desdobrado para tratar de todos os problemas de saúde que acometem a população brasileira. “Entendemos que como o mosquito é o vetor de várias doenças, se o combatermos, reduziremos a incidência das enfermidades que ele causa. Precisamos estar atentos e vigilantes”, afirmou.

No Ministério, é a SVS que fortalece e amplia as ações de vigilância epidemiológica. Entre suas ações estão incluídos os programas nacionais de combate à doenças transmitidas por vetores. Medeiros também reconheceu o empenho do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) na luta de combate ao mosquito. “São essas equipes que vão de porta em porta e de casa em casa e fazem corpo a corpo com os cidadãos, muito obrigada”, disse.

O secretário da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes), Sérgio Okane, reforçou o pedido para que a população se mobilize e colabore no combate ao mosquito ao não deixando água parada. “É importante que cada um, na sua casa, faça o seu papel de proteção e entenda que não está protegendo só a sua família, mas sim o bairro e a cidade”, afirmou.

Também participaram do lançamento da campanha a diretora do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis (DEIDT), Cássia Rangel; o coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério, Cássio Peterka; a representante da Organização Panamericana de Saúde (OPAS), Maria Almiron; e o secretário de Saúde do Distrito Federal, general Manoel Pafiadache.

Combata o mosquito todo dia

A campanha tem como objetivo informar e mobilizar gestores públicos, profissionais de saúde e toda sociedade sobre a importância de intensificar e manter por todo o ano as ações de eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, especialmente, neste período que antecede o verão. A intenção é evitar surtos e epidemias das doenças causadas pelos arbovírus transmitidos pelo vetor. Por terem grande impacto em saúde pública e não possuírem vacina nem tratamento específico, impedir a proliferação do mosquito é a principal arma para reduzir casos e óbitos.

Dados da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) apontam que o país registra tendência de queda no número de casos e óbitos por dengue em 2021 em comparação com o ano anterior. Até novembro, foram notificados 494.992 casos, o que representa uma queda de 46,6% em comparação com o mesmo período de 2020, que registrou 927.060 casos. Já o número de óbitos pela doença apresenta uma redução de 62% dos óbitos confirmados. Em 2021 foram 212 enquanto que o ano de 2020 registrou 564 óbitos.

Com relação aos casos e óbitos pela Chikungunya o número de casos aumentou em 2021, diferente do número de óbitos que caiu 64%. Este ano, foram registrados 90.147 casos e 10 óbitos em todo o País. Todas as regiões apresentaram aumento nas notificações em comparação com o ano de 2020, sendo a Região Sudeste a com maior incidência. Os três estados que mais registraram casos da doença foram Pernambuco (29,7 mil), São Paulo (18,1 mil) e Paraíba (9 mil), respectivamente.

Entre as principais arboviroses de circulação urbana, dengue, Zika e chikungunya, Zika foi a única que não registrou óbitos em 2021. Ao todo, foram registrados 5.710 casos prováveis em todo o Brasil, uma queda de 17,6% em comparação com o mesmo período de 2020 no país. Porém, as únicas regiões que registraram aumento no número de casos de Zika, em relação ao ano anterior, foram as regiões Norte (28,3%) e Sul (36,6%).

Medidas adotadas pelo Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde tem tratado as arboviroses com prioridade, ainda que enfrentando uma pandemia como a da COVID-19. A pasta tem dado apoio técnico, além da oferta de insumos para o combate ao vetor. Até novembro deste ano, foram adquiridos mais de 80 milhões de tabletes do larvicidas, dos quais, mais de 21 milhões já foram distribuídos aos estados e o Distrito Federal. A expectativa é que em 2022 sejam adquiridos mais de 84 milhões de tabletes.

Além disso, mais de 277 milhões de litros do adulticida foram adquiridos e 165 milhões de litros distribuídos às unidades federadas. Outra medida adotada pelo Ministério da Saúde foi a aquisição de mais de 22 mil quilos do inseticida utilizado m pontos estratégicos. Desses, mais de 5 mil quilos foram distribuídos.

Ações para combate ao mosquito

Ações simples podem ajudar no combate ado mosquito Aedes aegypti e o segredo está nos cuidados com os diferentes ambientes, principalmente no quintal de casa. Toda comunidade precisa estar ciente que é papel de todos evitar a proliferação do Aedes aegypti. Entre as medidas que podem ser adotadas estão: evitar água parada em pequenos objetos, pneus, garrafas e vasos de planta; manter a caixa d’água sempre fechada e realizar limpezas periódicas; vedar poços e cisternas; descartar o lixo de forma adequada.

Os gestores devem também reforçar a limpeza urbana, promover ações educativas nas escolas e estimular ações conjuntas entre diversos setores como saúde, educação, saneamento e meio ambiente, segurança pública, entre outros.

 

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Fonte: Ministério da Saúde. Imagem: Raquel Portugal e Rodrigo Méxas, Fiocruz Imagens.

 

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