legado desv vacinasO vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico de Bio-Manguinhos, Sotiris Missailidis, representou o Instituto no 25º Congresso da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), realizado em Brasília nos dias 10 e 11 de novembro.

Sotiris participou do debate “Experiência e Legado: Desenvolvimento de Vacinas”, realizado no primeiro dia do evento, juntamente com o senador Antonio Anastasia (PSD-MG); o gerente geral da Anvisa, Gustavo Mendes; a diretora médica da AstraZeneca, Barbara Furtado; e a diretora médica da Pfizer, Márjori Dulcine.

De acordo com Sotiris, a ocasião foi propícia para apontar a relevância e as potencialidades do setor público e estatal no sistema de saúde. “Em um ambiente majoritariamente de saúde suplementar, as instituições públicas podem dar retorno, e a resposta durante a pandemia da Covid-19 comprovou isso. Se tiverem apoio financeiro, não apenas em momentos de crise mas de forma contínua, somos capazes de dar contribuições imprescindíveis”, ressaltou.

“Durante a pandemia, em termos de vacina, quem possuía apoio contínuo e experiência prévia conseguiu entregar soluções mais rápidas. Oxford começou o desenvolvimento de vacinas em plataforma de adenovírus de chimpanzé em 2008, e mais especificamente para coronavírus desde 2012, no caso do SARS. A BioNTec foi fundada em 2008 já trabalhando no desenvolvimento de terapias para câncer baseadas em RNA. A Moderna, formalmente fundada em 2010, desde o início almejava o desenvolvimento de terapias e vacinas de RNA”, exemplificou.

“No caso de Bio-Manguinhos, conseguimos entregar os kits de diagnóstico molecular no início da pandemia, em apenas 40 dias, porque já tínhamos experiência anterior com o kit NAT. Fomos selecionados como hub da OMS para a vacina de RNA mensageiro pela mesma razão, pois já lidávamos com projetos de desenvolvimento tecnológico em RNA, além da expressão de proteínas recombinantes e biologia molecular”, complementou.

Um diferencial, afirmou Sotiris, é que Bio-Manguinhos – por ser instituição pública – pode, em momentos de crise como o atual, disponibilizar a tecnologia em prol da saúde pública, como no caso da seleção para ser hub da OMS – o Instituto abdicou do direito de receber royalties.

Sotiris também abordou a mudança do perfil de desenvolvimento de vacinas em todo o mundo. “Este é um legado que vai permanecer, nunca mais uma vacina vai levar 20 anos para ficar pronta. Mudamos a maneira de trabalhar”, apontou, antes de complementar que “isto trouxe a possibilidade de readequação dos parques industriais para as necessidades futuras de saúde pública”.

Durante o evento, Bio-Manguinhos foi abordado por representantes do Ministério da Saúde e da iniciativa privada, que demonstraram interesse em estabelecer futuras parcerias com o Instituto.

 

Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: Divulgação

 

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