enfrentamento sifilisA apresentação da nova versão do Guia para Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e/ou Sífilis marcou o primeiro dia de um ciclo de debates virtuais em alusão à Semana Nacional de Enfrentamento à Sífilis e à Sífilis Congênita. Profissionais de saúde são o público-alvo de palestras promovidas pelo Ministério da Saúde.

O documento foi apresentado, na abertura do evento, pelo secretário de Vigilância em Saúde (SVS), Arnaldo Medeiros. Como forma de incentivar estratégias e ações dos estados e municípios para promover, no futuro, a dupla eliminação de HIV e sífilis, o Guia objetiva padronizar o procedimento para a Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical de HIV e/ou Sífilis em municípios com 100 mil ou mais habitantes e em estados que cumpram e mantenham critérios mínimos.

Medeiros também destacou que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece testagem e tratamento gratuito para a sífilis, inclusive durante o pré-natal. “Em 2021, foram distribuídos mais de 6 milhões de testes rápidos até setembro. O Ministério investiu R$ 7,95 milhões em tratamentos para sífilis adquirida e mais de R$ 1 milhão em tratamento para sífilis congênita”, explicou.

O primeiro dia do encontro contou com palestras, debates e exposição de dados sobre a questão da sífilis durante a pandemia. Os participantes também tiveram a oportunidade de discutir estratégias de radiodifusão em prevenção à doença e experiências para o enfrentamento da sífilis congênita.

As novidades no enfrentamento da doença no Brasil, também estão a atualização do Manual Técnico para Diagnóstico da Sífilis, o lançamento do Boletim Epidemiológico 2021 e a uma exposição que o Ministério da Saúde está organizando com o objetivo de difundir conhecimento a respeito do tema.

Participam da Semana, técnicos e especialistas do Ministério da Saúde, Conass, Conasems, OPAS/OMS, Unicef, Unaids, Unesco, universidades, Conselhos de Classe, sociedades científicas, sociedade civil e representantes das coordenações de IST/Aids dos estados e municípios e profissionais de saúde de todo país.

Números

A Semana Nacional de Enfrentamento à Sífilis e à Sífilis Congênita vem alertar sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado. O público-alvo da campanha inclui gestantes e seus parceiros, homens e mulheres entre 20 e 35 anos. Em 2020, 38,8% das notificações de sífilis adquirida ocorreram em indivíduos entre 20 e 29 anos, e 56,4% das gestantes também tinham essa idade. Além disso, 56,4% das crianças que nasceram com sífilis congênita vieram de mães com idade entre 20 e 29 anos.

Dados do boletim epidemiológico de sífilis publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) apontam uma redução de 26,5% na taxa de detecção de casos de sífilis adquirida em 2020, se comparados com 2019. O documento mostra que, a cada 100 mil habitantes, 54,5 testaram positivo para sífilis adquirida. A maior parte das notificações ocorreu em indivíduos entre 20 e 29 anos de idade. Em 2019, o Brasil chegou a identificar 74,2 a cada 100 mil pessoas. Os dados de sífilis em gestante e sífilis congênita mostraram aparente estabilidade. Estes dados precisarão ser monitorados para se avaliar o impacto da pandemia de Covid-19 nas notificações de sífilis.

“Quando observamos as notificações, vemos claramente que houve um pico de casos de sífilis no ano de 2018. Mas, de 2019 a 2020, assistimos a uma considerável queda nos registros. E aí, exaltamos a atuação da Atenção Primária que tem feito o diagnóstico precoce da doença e tratamento correto e adequado. Isso significa que o SUS está dando uma resposta cada vez mais rápida em relação a essa doença”, destacou o secretário da SVS.

Pandemia

Em meio à pandemia de COVID-19, em 2021, o Ministério da Saúde adotou uma série de medidas, como a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), que também foi publicado em formato de artigos na Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde, elaboração e divulgação dos fluxogramas de manejo clínicos das Infecções Sexualmente Transmissíveis IST.

Também foi promovido o Curso sobre Atenção Integral às Pessoas com IST, realizado em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), com a finalidade de oferecer qualificação profissional a distância, com acesso aberto, gratuito e autoinstrucional, disponível na plataforma Avasus.

Todas essas ações foram realizadas de forma a fortalecer o SUS em sua capacidade de enfrentamento às IST mesmo em momentos adversos.

 

Fonte e imagem: Ministério da Saúde.

 

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