vacinas antirrabicasCom trabalho voltado para o desenvolvimento de imunobiológicos contra a raiva, a equipe do Laboratório de Vacinas Virais (LVV-Raiva) do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) está participando da segunda fase de um estudo internacional que visa substituir o ensaio de potência em vacinas antirrábicas por um método alternativo ao uso de animais. O ensaio é tradicionalmente realizado em camundongos há mais de 50 anos.

Conduzida sob o código BSP148 e custeada pelo European Directorate for the Quality of Medicines and Healthcare (EDQM), instituição do Conselho da Europa responsável pela edição da Farmacopeia Europeia, a pesquisa busca a validação do método imunoenzimático (Elisa), que consiste no uso de anticorpos marcados com uma enzima. Desta segunda fase, participam 34 laboratórios de diversos países para avaliar a capacidade de transferência do ensaio, dentre eles, o INCQS/Fiocruz.

“O estudo se baseia na realização de um mesmo protocolo e desenho de ensaio, testando dez amostras que utilizam um par de anticorpos monoclonais capazes de se ligarem a epítopos conformacionais em locais antigênicos bem definidos, indutores de proteção”, explica Wlamir Moura, um dos pesquisadores do INCQS/Fiocruz participantes do estudo.

A participação do Instituto foi viabilizada por um projeto em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que está em andamento e visa implementar métodos alternativos no Brasil. A série de ensaios está completa e os resultados já foram submetidos ao EDQM em setembro.

O Laboratório do INCQS/Fiocruz integra esta iniciativa desde a primeira reunião em 2011, em Ames, nos EUA, e faz parte do grupo de trabalho desde o início. Na fase anterior do estudo, o Instituto forneceu uma das vacinas antirrábicas testadas.

Após a conclusão da segunda fase, os resultados serão publicados em revista indexada e o grupo de trabalho internacional deverá elaborar um novo projeto para a realização da fase 3 do estudo.
“O Laboratório de Vacinas Virais, com apoio do Centro Brasileiro para Validação de Métodos Alternativos [BraCVAM], buscará obter os recursos para garantir que o Elisa entre na rotina de ensaios e, no futuro, substitua o ensaio em animais”, declara Wlamir.

 

Fonte: Penélope Toledo, do INCQS/Fiocruz. Imagem: Tsakaoe12123, Freepik.

 

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