Neste sábado, 16 de outubro, ocorre em todo o Brasil o Dia D da Campanha Nacional de Multivacinação de 2021, cujo objetivo é atualizar a caderneta de vacinas de crianças e adolescentes menores de 15 anos (14 anos 11 meses e 29 dias).

Lançada em 30 de setembro pelo Ministério da Saúde, a Campanha prosseguirá até 29 de outubro em cerca de 45 mil postos de vacinação, que estarão abertos para aplicar doses das 18 vacinas que compõem o Calendário Nacional de Vacinação da criança e do adolescente.

Abaixo, você pode conferir os calendários e verificar nas cadernetas de seus filhos se eles precisam tomar alguma das vacinas que estão sendo ofertadas:

Campanha Multivacinação - Crianças

calendario 2021 b

 Campanha Multivacinação - Adolescentes

calendario 2021

Vacinar as crianças e adolescentes, mesmo durante a pandemia

A Campanha de Multivacinação traz o alerta de que, mesmo durante a pandemia da COVID-19, as crianças e adolescentes precisam estar com suas cadernetas de vacinação atualizadas para evitar a reintrodução de doenças já controladas e a criação dos chamados “bolsões de suscetíveis”, grupo de indivíduos não vacinados que permitem a proliferação de agentes infecciosos, como o vírus do sarampo, por exemplo.

De acordo com o Ministério da Saúde, “por conta da pandemia da COVID-19, todas as medidas e protocolos de segurança para proteger a população e os trabalhadores de saúde deverão ser adotados. A Pasta orienta que sejam utilizados espaços ventilados ou ao ar livre para vacinar as crianças e adolescentes”.

O Ministério da Saúde também recomenda que “seja observado o distanciamento social dentro das instalações das unidades de saúde, salas ou postos de vacinação e a disponibilidade de local para higienização das mãos. É importante que a população tenha disponível água e sabão ou álcool em gel 70%. O uso de máscara também é recomendado para todos que ingressarem nos pontos de vacinação”.

A queda das coberturas vacinais, que já era verificada antes da COVID-19 e não apenas no Brasil, tornou-se problema ainda maior durante a pandemia e a necessidade de distanciamento social.

Entre 24 e 30 de abril deste ano, quando se comemorou a Semana Mundial de Imunização, a Organização Mundial da Saúde (OMS) levantou o alerta para a necessidade de atualização das cadernetas de vacinação, principalmente das crianças, em meio à pandemia da COVID-19.

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), por exemplo, alertou aos países da região, na última semana, para que “preencham as lacunas na imunização geradas parcialmente pelas interrupções nos serviços de saúde durante a pandemia da COVID-19. Devido à pandemia, milhares de crianças ficaram sem se vacinar em 2020”.

“Fomos a primeira região do mundo a eliminar a varíola, a poliomielite e a rubéola. Mas agora estamos vendo declínios na imunização e devemos reverter essa tendência não apenas para a saúde de nossos filhos, mas também para o bem-estar de toda a nossa sociedade”, declarou a diretora da Opas, Carissa Etienne, à época.

Ainda segundo a Opas, em 2020 as Américas registraram 18,2% menos crianças (474.395) recebendo todas as três doses da vacina DPT3, contra difteria, tétano e coqueluche, na comparação com os dados de 2019. Ainda no período comparado, 13,9% menos crianças (379.208) receberam a dose da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).

Abaixo, pode-se observar as quedas de cobertura vacinal no Brasil entre 2015 e 2020

Cobertura Vacinal no Brasil - 2015 a 2020

cobertura ministério

Compromisso além da COVID-19

Para a campanha de Multivacinação de 2021, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) manteve a produção de vacinas que não apenas a de COVID-19, para garantir o fornecimento ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde em sua busca de obter êxito em suas metas de cobertura vacinal.

Em 2021, até a última quarta-feira, 14 de outubro, Bio-Manguinhos já havia entregue ao PNI cerca de 60 milhões de doses de sete imunizantes que fazem parte desta Campanha, além das mais de 107 milhões de doses da vacina COVID-19 (recombinante).

Abaixo, pode-se conferir os quantitativos:

- Poliomielite oral: 19,6 milhões

- Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) – 16,3 milhões

- Poliomielite inativada - 8 milhões

- Rotavírus – 5,9 milhões

- Pneumocócica 10-valente – 4,9 milhões

- Varicela – 2,5 milhões

- Febre amarela – 2 milhões

 

Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: Freepik.

 

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