site pdpsO vice-diretor de Gestão e Mercado de Bio-Manguinhos, Artur Roberto Couto, participou, no dia 21 de setembro, do webinário "Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo e a Indústria Farmacêutica Nacional". Organizado pelo Grupo FarmaBrasil (GFB), o evento faz parte da comemoração de 10 anos da instituição, fundada em junho de 2011 para conduzir a representação institucional da indústria farmacêutica brasileira de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). O encontro também contou com as participações do Deputado Federal Dr. Luizinho (PP/RJ) e do presidente da Bionovis, Odnir Finotti.

Presidente executivo do Grupo, Reginaldo Arcuri deu início ao webinário ressaltando a importância das Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) na ampliação do acesso a medicamentos e produtos estratégicos para o Sistema de Saúde Nacional e no fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde Brasileiro. "Esse foi um programa criado pelo Governo, que teve uma adesão muito importante do setor privado nacional e acabou se revelando um dos principais demonstrativos de como o uso do poder de compra do Ministério da Saúde pode ser importante indutor do crescimento e do desenvolvimento de tecnologias inovadoras no Parque Farmacêutico Nacional. O objetivo principal é sempre fomentar o desenvolvimento nacional e, paralelamente, poder reduzir custos de aquisição para o SUS", explicou.

Na sequência, o deputado federal, Dr. Luizinho reforçou a necessidade da busca brasileira por autonomia na produção de materiais, medicamentos e insumos para a saúde brasileira e citou projeto defendido por ele em 2019 para a criação de uma estratégia nacional de saúde, a fim de enfrentar possíveis novas crises sanitárias e biológicas. "O maior investimento que uma nação pode fazer hoje é dotar o seu parque industrial da saúde com capacidade de enfrentar estas novas crises. O projeto 2583 tem o objetivo de criar uma estratégia nacional para que possamos ter, junto com outros mecanismos que já estão em curso no Brasil, como as PDPs, a oportunidade de estimular a indústria nacional e dar segurança para empresas que queiram investir no país a fim de alcançarmos esta autonomia", explicou.

Artur Couto destacou a importância de se utilizar o poder de compra do Estado a fim de trazer para o país conhecimento e tecnologia que sustentem o desenvolvimento da indústria farmacêutica nacional. Ele citou a longa experiência de Bio-Manguinhos nos estabelecimento de parcerias para a incorporação de tecnologias, ainda que não com o nome de PDPs. "Ainda não havíamos tido uma pandemia como agora, mas, desde 1976 vimos enfrentando surtos de meningite, sarampo, febre amarela... E em todos estes surtos que nós vivemos ao longo destes anos, o que nos ajudou a combater isso foi a capacidade que nós temos de produzir no Brasil uma vacina específica e responder rapidamente", contou. "A nossa luta é para transformar este movimento em uma política em que se possa fazer este processo de uma forma organizada e estruturada, para que tenhamos um ministério não apenas comprador, mas que possa trazer estas tecnologias para fortalecimento da indústria farmacêutica nacional", salientou.

Já Odnir Finotti, da Bionovis, contou um pouco sobre a trajetória da Bionovis, desde sua formação há 10 anos, a partir do marco legal das PDPs, passando por sua parceria com Bio-Manguinhos para o investimento e desenvolvimento nacional de biotecnologia. "Nós buscamos por aqueles que podiam e quiseram transferir suas tecnologias para a produção no Brasil, conseguimos construir aqui no país um parque tecnológico que não fica devendo a nenhum do exterior e fornecemos em conjunto com Bio-Manguinhos sete produtos para o Sistema Único de Saúde", pontuou.

Ao final, os debatedores reafirmaram a necessidade de uma visão estratégica a longo prazo, com a criação ou fortalecimento dos instrumentos legais que forneçam segurança para o desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde Brasileiro. "As estruturações que nós precisamos de longo prazo passam necessariamente pela criação de leis que deem toda a sustentabilidade necessária pra sociedade avançar", defendeu Odnir. "Nós precisamos nos organizar melhor como associações e representantes da indústria farmacêutica para estarmos junto ao Governo levando estas e outras questões e provocar o debate, para que possamos criar a segurança jurídica às empresas que queiram e possam investir na indústria farmacêutica nacional", concluiu Artur.

 

Você pode assistir ao webinário "Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo e a Indústria Farmacêutica Nacional" completo clicando aqui.

 

Jornalista: Thais Christ. Imagem: Divulgação | Grupo FarmaBrasil

 

Alerta de cookies

Este site armazena dados temporariamente para melhorar a experiência de navegação de seus usuários. Ao continuar você concorda com a nossa política de uso de cookies.

Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade clicando no botão ao lado.