15 minutos. Poucas tarefas do dia a dia cabem nesse curto espaço de tempo, mas ele é suficiente para mostrar se alguém está ou não contaminado pela COVID-19. A previsão é que cerca de 60 milhões de testes de antígeno, que mostram o diagnóstico com essa rapidez, sejam distribuídos pelo Ministério da Saúde para todo Brasil em 2021. A estratégia faz parte do Plano Nacional de Expansão da Testagem para COVID-19, lançado pelo Ministério da Saúde em todas as regiões do país simultaneamente em 17 de setembro.
Os secretários do Ministério de Saúde acompanharam as ações em vários pontos do país, para ver de perto todos os pontos de triagem montados nos locais estratégicos para testagem. Em Natal, capital do Rio Grande do Norte, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, acompanhou o primeiro dia de testagem na praça Gentil Ferreira, na região central da cidade. Um ponto de triagem foi montado para aplicação dos testes de antígeno na população.
“O vírus é o nosso único inimigo, nós estamos conseguindo vencer testando a população. Agora, ampliando a nossa capacidade de testagem. Todos lembram que no começo da pandemia era difícil realizar os testes, porque a infraestrutura não só do Brasil, mas do mundo todo não existia. Hoje, os nossos sistemas foram aprimorados com investimento do Ministério da Saúde para realizar testes. E a tecnologia evoluiu, agora nós temos os testes rápidos de antígenos que em 15 minutos nós dão resultados”, afirmou Queiroga durante seu pronunciamento.
Segundo as recomendações do plano, os testes devem ser aplicados para diagnosticar pessoas com e sem sintomas da COVID-19 e podem ser usados em locais de grande circulação. Em uma das estratégias, os estados e municípios serão orientados a fazerem pontos de triagem, onde as pessoas serão convidadas a fazer o teste rápido voluntariamente.
Assim, é possível identificar os casos mais rapidamente, promover o isolamento, rastreamento e testagem dos contatos, que também devem fazer quarentena. Essa estratégia de testagem também é usada para a busca ativa de pessoas que podem demorar para demonstrar qualquer sintoma da Covid-19, para evitar a disseminação da doença. Os testes de antígeno também devem ser usados na investigação de surtos locais da COVID-19, como escolas e lares de idosos, por exemplo.
A expansão da testagem é importante mesmo diante da melhora no cenário epidemiológico do Brasil - a média móvel de casos e mortes pela COVID-19 caiu mais de 70% desde junho e mais de 23 estados registram ocupação de leitos abaixo de 50% - para garantir o controle da doença. Com os registros de casos de variantes pelo país, como a Delta, é ainda mais essencial fazer a testagem em larga escala.
“Hoje os nossos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACEN) foram aprimorados, com investimento do Ministério da Saúde, para realizar o RT-PCR e a tecnologia evoluiu. E hoje nós temos os chamados testes de antígenos, que em 15 minutos fornecem o resultado. Aquele que dá positivo, ele é isolado. Aquele que é negativo pode voltar às suas atividades normais. E assim, conciliaremos o binômio saúde e economia para que o nosso país volte a crescer”, concluiu o ministro Queiroga.
Pode confiar
O teste de antígeno funciona assim: a partir de uma amostra coletada pelo swab nasal ou nasofaríngeo, o exame detecta a presença de uma proteína do coronavírus, para mostrar se a pessoa está infectada e em uma fase com maior risco de transmissão. O teste é mais prático, pois não necessita de um laboratório para ser processado, é de fácil manipulação e pode ficar em temperatura até 30º C.
Com o resultado em 15 minutos, o teste de antígeno tem um grau de confiança elevado, graças a uma tecnologia avançada, que foi se aprimorando desde o começo da pandemia. É importante esclarecer que os testes RT-PCR continuam sendo usados como padrão ouro no Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, são necessários para garantir o diagnóstico.
Deu positivo, e agora?
As pessoas que tiverem o resultado positivo para a COVID-19 serão orientadas a seguirem os cuidados médicos, as medidas não farmacológicas como uso de máscaras, isolamento e procurar uma unidade de saúde. O plano recomenda ainda que seja feito o rastreamento e monitoramento dos seus contatos.
Para quem estiver com sintomas da COVID-19 e testar negativo, a recomendação é para que uma nova amostra seja coletada e enviada à um laboratório de referência, para realização do RT-PCR, para confirmar o diagnóstico.
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Fonte: Ministério da Saúde. Imagem: Freepik.