vacinacao segunda doseDizem que brasileiro deixa sempre para última hora, mas quando o assunto é vacinar-se contra a COVID-19 esse tema precisa ser levado a sério, mas muito a sério. Enquanto 52,9 milhões de brasileiros cumpriram o seu papel e completaram o esquema vacinal, mais de 8,5 milhões de “atrasadinhos” deixaram de voltar ao posto de vacinação para receber a segunda dose.

No ranking nacional dos estados com o maior número de pessoas que iniciaram o esquema vacinal e não terminaram estão São Paulo, com 1,69 milhão; Rio de Janeiro, com 1,06 milhão; e Minas Gerais, com 1,02 milhão, respectivamente. Vale lembrar que estudos comprovam que apenas com as duas doses a pessoa garante a maior efetividade na imunização.

Quem já recebeu a segunda dose da vacina fala do alívio que é estar completamente vacinado. Quem conclui o esquema vacinal fala que se sente mais seguro de voltar à vida normal aos poucos, mesmo ainda cumprindo com todos os cuidados como uso de máscara, distanciamento social e higiene das mãos.

Sei que vai levar um tempo para voltar ao normal. Mas estar vacinada traz esperança. Não ter tanto medo de se relacionar com as pessoas, do nosso cotidiano. Porque a gente estava com medo de ir à escola, à faculdade, se infectar e levar o vírus para dentro de casa. Agora sentimos mais segurança”, destacou a estudante Bárbara Helena.

Para o médico infectologista, mestre em medicina tropical e saúde internacional, Victor Bertollo, a segunda dose da vacina COVID-19 aumenta a resposta imune na produção de anticorpos contra o vírus. Ele lembra ainda que as vacinas são seguras, o que foi demonstrado por estudos mesmo antes da introdução dos imunizantes no Programa Nacional de Imunizações (PNI).

“O risco de apresentar formas graves pela COVID-19, após a segunda dose, se reduz significativamente. Então, completar o esquema vacinal é extremamente importante. Lembrando que as vacinas não protegem apenas o vacinado, mas também as pessoas ao seu redor. Então, se vacinar é ato individual de proteção, mas também coletivo. É um ato que todos saem ganhando”, destacou Bertollo.

Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, todos os agentes imunizantes disponíveis no PNI são extremamente eficazes, efetivos e aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Para ele, vacina boa é a vacina aplicada no braço do povo brasileiro.

“Tenho me portado de maneira absolutamente isonômica em relação aos quatro imunizantes que estão disponíveis aos brasileiros. Já avançamos muito na vacinação, mas precisamos do apoio de quem ainda não foi receber a segunda dose, que compareça ao posto de vacinação. Assim, vamos poder avançar ainda mais”, contou o ministro.

Efeitos colaterais da vacina

Entre os motivos de a população não retornar ao posto para tomar a segunda dose estão os efeitos colaterais relatados. Há quem tenha sentido sintomas como dores de cabeça e no corpo, febre, ou qualquer outro desconforto. Mas especialistas garantem que os efeitos da segunda dose são mais leves e autolimitados.

“A ocorrência de eventos adversos não impede que a pessoa receba a segunda dose. Apenas alguns eventos adversos muito específicos, que são bastante raros, de fato contraindicam doses adicionais das vacinas. Para algumas vacinas, como AstraZeneca e Coronavac, a tendência é que as reações sejam mais leves na segunda aplicação. Para a vacina Pfizer, especificamente, ela tem um pouco mais de reação adversa na segunda dose, mas ainda assim são eventos leves e autolimitados”, contou Vitor.

As vacinas contra a variante Delta

Uma dúvida muito comum também diz respeito à variante Delta. É importante ressaltar que todas os agentes imunizantes disponíveis para aplicação no Brasil são eficazes contra a Delta, principalmente nas formas mais graves da doença. As vacinas também possuem eficácia para as outras variantes, como a Alfa, Beta e a Gama.

“Mesmo vacinada, a pessoa ainda corre o risco se infectar com a variante Delta, mas a tendência é que ela tenha a forma mais leve da doença. Além disso, as vacinas reduzem muito o risco de a pessoa ter a forma mais grave da doença e vir a precisar ser internada, precisar de UTI ou mesmo morrer pela a COVID-19”, alertou.

 

Fonte: Ministério da Saúde (jornalista Fernando Brito)

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