crescimento casos sragDivulgada nesta quarta-feira (18/8), a nova edição do Boletim InfoGripe sinaliza que, em nível nacional, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) mantém o cenário de interrupção de queda e de possível retomada de crescimento. Referente à Semana epidemiológica (SE) 32, período de 8 a 14 de agosto, a análise tem como base dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 16 de agosto.

O estudo aponta que quatro das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas): Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Apenas cinco apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo: Alagoas, Mato Grosso (que apresenta subnotificação de casos de SRAG no Sivep-Gripe em razão de sistema próprio de registro), Paraíba, Roraima e Tocantins. No caso da Paraíba, observa-se sinal de crescimento na tendência de curto prazo (últimas 3 semanas), indicando possível interrupção na tendência queda, sinal que também está presente em outros 10 estados.

Quanto às capitais, seis mostram crescimento na tendência de longo prazo. É o caso de Curitiba (SC), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Em oito delas, foi observado sinal de queda na tendência de longo prazo: Belém (PA), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL) e Palmas (TO). Na tendência de curto prazo, apresentam crescimento Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Natal (RN), Porto Velho (RO) e Teresina (PI).

O indicador de transmissão comunitária revela que, além dos sinais claros de interrupção de queda e princípio de crescimento em diversos locais, os valores semanais continuam elevados. Todos os estados apresentam macrorregiões em nível alto ou superior, sendo que nove estados e o Distrito Federal contam com macrorregiões em nível extremamente elevado. “Isso evidencia a necessidade de manutenção de medidas de mitigação da transmissão e proteção à vida”, alerta o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

Diante desse cenário, Gomes alerta que a importância de manter cautela em relação a medidas de flexibilização das recomendações de distanciamento para redução da transmissão da Covid-19, enquanto a tendência de queda não tiver sido mantida por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja valores significativamente baixos. O pesquisador ressaltou que é necessário também reavaliar as medidas de flexibilizações já implementadas nos estados com sinal de retomada do crescimento ou estabilização ainda em patamares elevados.

Estados

O estado do Rio de Janeiro apresenta sinal forte de crescimento (prob. > 95%) na tendência de longo prazo e de estabilidade na de curto prazo. Bahia, Paraná e Rio Grande do Norte têm sinal moderado de crescimento (prob. > 75%) no longo prazo. No Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe verificou-se estabilidade a longo prazo e sinal moderado de crescimento a curto prazo. Finalmente, na Paraíba observou-se indício de queda no longo prazo, com sinal moderado de crescimento no curto prazo.

“Nos estados em que temos sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo, deve-se interpretar como sinalização de possível interrupção de queda, com tendência de crescimento a ser reavaliada nas próximas semanas”, observou Gomes.

Capitais

A análise aponta que seis das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a SE 32: Curitiba (SC), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Em oito capitais, observa-se sinal de queda na tendência de longo prazo: Belém (PA), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL) e Palmas (TO). Cinco capitais apresentam sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo: Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Natal (RN), Porto Velho (RO) e Teresina (PI).

Florianópolis apresenta sinal forte de crescimento na tendência de longo prazo e moderado na de curto prazo. Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo apresentam indícios moderados de crescimento a longo prazo. Além disso, Fortaleza e São Paulo apresentam também indícios fortes de crescimento na no curto prazo, enquanto as demais mostram sinal moderado de crescimento nessa tendência. Aracaju, João Pessoa, Natal, Porto Velho, e Teresina apresentam estabilidade no longo prazo, porém com sinal moderado de crescimento no curto prazo. “O que sinaliza para possível interrupção de queda, recomendando reavaliação nas próximas semanas quanto à possibilidade de retomada do crescimento.

Assim como alertado para alguns estados, a atualização ponta que oito capitais apontam para estabilização a longo e curto prazo. O que indica interrupção da tendência de queda ou manutenção de platô: Belo Horizonte (MG), plano piloto de Brasília e arredores (DF), Manaus (AM), Recife (PE), Rio Branco (AC), Salvador (BA), São Luís (MA) e Vitória (ES).

 

Jornalista Regina Castro (CCS/Fiocruz)

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