Foi assinado um Acordo de Cooperação entre Bio-Manguinhos/Fiocruz e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) no dia 12 de julho. Com esta parceria, o Instituto irá contribuir com o desenvolvimento técnico/científico e formação profissional em pesquisa clínica (multidisciplinar); implementar processo de gestão de centros de pesquisa nos hospitais universitários federais; e estimular a realização de pesquisas clínicas em insumos estratégicos para o Sistema Único de Saúde (SUS). O documento tem vigência até 2026.
O diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, a coordenadora da Assessoria Clínica (Asclin), Maria de Lourdes de Sousa Maia, e o presidente da EBSERH, Oswaldo de Jesus Ferreira, vêm discutindo esta parceria há dois anos. “Esta imagem foi quando nos reunimos pela primeira vez, em agosto de 2019. De lá para cá, temos mantido contatos para preparação de centros de pesquisa e realização de estudos clínicos que possam efetivamente atender ao Sistema Único de Saúde em consonância com as Boas Práticas Clínicas” contou Maria de Lourdes.
Em 2018, tínhamos que realizar o estudo com o produto Heberprot, fruto de uma transferência de tecnologia entre Cuba e Brasil. Este produto destina-se ao tratamento da úlcera do pé diabético. Na ocasião, Maria de Lourdes frisou que foram contactados alguns hospitais universitários e o Hospital Universitário Lauro Wanderley – HULW, da Universidade Federal da Paraíba. “Na época, o hospital estava sob a coordenação do superintendente Arnaldo Medeiros, hoje secretário de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde, que conseguiu viabilizar não só a execução desse estudo no hospital como também iniciou o projeto de implantação para o Núcleo de Pesquisa Clínica”. O estudo em questão é a “Avaliação da eficácia e segurança do fator de crescimento epidérmico recombinante (FCEhr) intralesional em participantes com úlcera de pé diabético no Brasil”, que ainda está em andamento.
O coordenador de Gestão da Pesquisa e Inovação Tecnológica em Saúde (CGPITS) da EBSERH, Eduardo Coelho, comemorou o acordo. “Estamos detalhando cada um dos hospitais e temos mais clareza hoje sobre o potencial em pesquisa clínica ou epidemiológica de cada um. Com este contrato, os processos de viabilização dos estudos serão mais ágeis”. Maria de Lourdes complementou que a “formalização deste acordo nos fará avançar ainda mais neste e em futuros trabalhos conjuntos. A divulgação dos estudos clínicos junto aos hospitais com certeza irá ajudar na consolidação da pesquisa clínica”, concluiu.
Jornalista: Gabriella Ponte.
Imagem de 2019: EBSERH