Bio-Manguinhos participou do 12º Fórum Latino Americano de Biossimilares (FLAB), que aconteceu dia 9 de julho. O coordenador do evento, o médico reumatologista Valderílio Feijó agradeceu a participação de Bio em mais uma edição do evento afirmando que, durante a pandemia, o Instituto tem mostrado o seu valor na área de biotecnologia em diversas frentes, principalmente no diagnóstico e vacinas de COVID-19.

Bio-Manguinhos participou da programação científica do evento após os temas serem discutidos pela área de Assuntos Médicos da Assessoria Clínica (Asclin) com o coordenador do fórum. Esta sinergia se dá por conta da parceria que vem sendo construída nos últimos anos.

O diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, participou da mesa de abertura afirmando que as discussões que ocorrem no fórum são de extrema importância para que o Instituto entenda o que está acontecendo na ponta através dos profissionais das sociedades médicas. “Bio vem cada vez mais focando sua produção na área de biofármacos originadores e biossimilares, kits de diagnóstico e vacinas, ampliando o acesso dos pacientes assistidos pelo SUS. Nos últimos anos, estamos estreitando relacionamento com as sociedades médicas, de reumatologia, diabetes, Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal (GEDIIB), entre outras, para discutir sobre a segurança dos pacientes, dando-lhes maior qualidade de vida. Nosso portfólio tem 10 biofármacos sendo quatro deles biossimilares, oferecendo tratamento para doenças crônicas, raras e oncológicas”, frisou o diretor. Ele complementou que as transferências de tecnologia estão proporcionando conhecimento para que, em breve, Bio possa desenvolver seus próprios biossimilares.

A primeira mesa redonda abordou aspectos da farmacovigilância, tendo a moderação da médica Patricia Mouta, da Assessoria Clínica (Asclin). Uma das palestrantes dessa mesa foi a farmacêutica Maely Retto, tecnologista em Farmácia Hospitalar do Instituto Nacional de Câncer e farmacêutica do Hospital Municipal Miguel Couto. Ela estuda os medicamentos biossimilares, principalmente o trastuzumabe no tratamento de pacientes com câncer de mama. Em sua palestra, ela apresentou os desafios do uso seguro desses medicamentos, a intercambialidade entre os originadores e os biossimilares e as melhores práticas em farmacovigilância, além do esforço no monitoramento das possíveis reações adversas das farmacêuticas com as agências regulatórias.

Também participaram desta mesa redonda Helaine Carneiro Capucho, da Anvisa, com a palestra “Anvisa e a Farmacovigilância no Brasil”; e Paul Cornes, oncologista do Royal Marsden Hospital de Londres, com a palestra “Melhores Práticas em Farmacovigilância na Europa”.

A segunda mesa redonda discutiu sobre biossimilares no mercado privado e público e contou com a participação do gerente do Programa de Biofármacos de Bio-Manguinhos, Hugo Defendi, que ministrou a palestra “A Incorporação da Biotecnologia no Sistema Público: Vantagens e Desafios”. Ele falou do papel da Conitec na incorporação de tecnologias no SUS e como se dá essa disponibilização, que previamente deve contar com registro junto à Anvisa. Comentou sobre a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), onde consta os biofármacos originadores e biossimilares, que são tratados de forma igualitária pela Conitec.

“Quem demanda essas incorporações de tecnologia são instituições públicas ou privadas ou até pessoas físicas. Há também o processo ativo conduzido por uma subcomissão da Conitec que avalia as tecnologias demandadas disponíveis no mercado. Entre os fatores para essa incorporação, estão o regulatório (aprovação na Anvisa), de propriedade intelectual (expiração das patentes no território), processo de desenvolvimento dos biossimilares (que deve ter menor custo) e as políticas de fomento nacional (com o fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde)”, explicou Hugo.

“Bio-Manguinhos é um indutor da incorporação de produtos biotecnológicos no SUS através de transferências de tecnologia com diversos parceiros nacionais e internacionais. Atualmente, temos 13 PDPs em andamento. Isso ajudou na construção de competência da instituição para inovar e atender as emergências de saúde pública. Esse conhecimento tecnológico acelerou o processo na absorção da transferência de tecnologia da vacina COVID-19, por exemplo”, acrescentou Hugo.

Outra palestra desta mesa, “Mercado Privado X Mercado Público: Quais as diferenças das incorporações”, foi ministrada pelo diretor executivo científico e de negócios da Bionovis, Thiago Mares Guia. Para fechar, houve a palestra “Como os biossimilares podem contribuir com o cenário pós pandemia?”, ministrada pelo oncologista Stephen Doral Stefani, do Instituto do Câncer Mãe de Deus.

 

Jornalista: Gabriella Ponte. Imagem: Tete_escape, Freepik.

 

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