eventos discutem vacinasO desenvolvimento da vacina COVID-19 foi destaque no Congresso Médico da Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (ACAMERJ), realizado no dia 24 de junho. A coordenadora da Assessoria Clínica (Asclin), Maria de Lourdes Maia, palestrou acompanhada da gerente do Programa de Vacinas Virais do Instituto, Elena Caride. Em sua apresentação, a coordenadora da Asclin compartilhou com os espectadores a experiência de Bio no fornecimento da vacina COVID-19 (recombinante), com a palestra de tema “Imunização na COVID-19: Desafios e perspectivas das vacinas sob a ótica do produtor”.

“O acúmulo de conhecimento fez com que conseguíssemos dar respostas em tempo recorde e fortalecer a autoconfiança dos profissionais e da organização como um todo para o enfrentamento de desafios futuros”, pontuou Maria de Lourdes, ressaltando também a importância, para o Sistema Único de Saúde (SUS) da autossuficiência na produção nacionalizada da vacina COVID-19.

Já Elena Caride trouxe em sua explanação uma atualização do cenário global no desenvolvimento de vacinas para conter a pandemia, explicando também as diferentes plataformas tecnológicas utilizadas para a produção de imunizantes em geral. A íntegra do evento pode ser acessada pelo link.

A vacina COVID-19 também foi tema do Fórum Digital Band News FM, realizado em parceria com o Hospital Badim no dia 29 de junho. Com o tema “Imunidade coletiva, terceira onda, novas cepas, reforço anual da vacinação: O que a população pode esperar para os próximos meses?”, o evento virtual contou com a participação do assessor científico sênior de Bio-Manguinhos, Akira Homma.

O debate, que respondeu perguntas enviadas pela população, tratou de temas como a escolha de marcas de vacinas, imunização em gestantes, eventos adversos, eficácia contra variantes e importância de manter cuidados como o uso de máscara e o distanciamento social após a vacinação.

“Nenhuma vacina tem proteção esterilizante. Uma pessoa que está vacinada, mesmo com os anticorpos, pode ser infectada com o vírus, sem ter a doença na forma grave. Por isso, no estágio atual de vacinação, é importante continuar a se proteger, evitando aglomerações e usando máscara”, destacou Akira Homma.

O fórum contou também com a participação do gerente médico do Hospital Badim, Dr. Antonino Eduardo, do infectologista da mesma unidade de saúde, Dr. David Sufiate, e com a mediação da jornalista da BandNews FM Mariana Procópio. O evento pode ser assistido na íntegra pelo link.

Vacina: do que as pessoas têm medo?

O Grupo Mulheres do Brasil (GMdB) - Núcleo Rio de Janeiro promoveu uma live dia 6 de junho com o tema “Vacina: do que as pessoas têm medo?”. O evento contou com a participação de Maria de Lourdes Maia e da médica Patrícia Mouta (Asclin).

Maria de Lourdes apresentou o calendário de vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), um dos mais completos do mundo dentro de um sistema de saúde público. “O sucesso da nossa imunização fez com que muitas doenças desaparecessem e as coberturas vacinais começaram a cair nos últimos cinco anos. Aí, as doenças começam a retornar, como sarampo e febre amarela. Analisando a cobertura vacinal do Brasil dessas doenças, muitos estados estão entre 50% e 80%, bem abaixo da meta dos 95%”, detalhou.

São muitos os motivos pelos quais as pessoas não estão indo aos postos de vacinação, segundo Maria de Lourdes: alta taxa de rotatividade dos profissionais que atuam nas salas de vacinação, medo de agulha, medo dos eventos adversos, isolamento durante a pandemia, dentre outros. “A população precisa se conscientizar do ganho coletivo da imunização. Temos que ter medo das doenças e não dos imunizantes”, concluiu.

Patrícia Mouta, que atua na Farmacovigilância de Bio-Manguinhos, mostrou como é feito o acompanhamento das vacinas, desde o seu desenvolvimento até após a sua aplicação na população. “É importante destacar que as vacinas são seguras, mas podem gerar eventos adversos, que ocorrem na minoria das pessoas. Os benefícios são bem maiores que os riscos. Tendo uma grande adesão da população, conseguimos erradicar doenças”, enalteceu a médica.

O desenvolvimento tradicional de uma vacina demora muitos anos, porém, as vacinas de COVID-19 foram desenvolvidas de forma acelerada por conta da urgência da situação pandêmica, o que gerou insegurança e muitas fake news. “Os investimentos foram altos e as etapas ocorreram em paralelo, por isso o processo foi mais rápido. Todas as pesquisas que tinham sido feitas com SARS e MERS, além da troca de informações entre os cientistas, colaboraram para isso”, complementou Patrícia.

Ela explicou as etapas dos estudos clínicos e as avaliações de eficácia e segurança realizadas até o registro da vacina. Depois, começa o monitoramento com a farmacovigilância. A médica informou como se dá a investigação dos eventos adversos. “É aí que vemos se houve algum erro na hora da imunização, se é uma reação já conhecida (seja ela comum ou incomum) ou desconhecida (muito rara)”. Ela concluiu conscientizando a população do quanto é importante notificar os eventos adversos ao PNI e aos SAC dos laboratórios produtores.

 

Jornalistas: Gabriella Ponte e Fernanda Alves. Imagem: Towfiqu999, Freepik

 

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