Com o intuito de estreitar relações com o Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal (GEDIIB), Bio-Manguinhos promoveu um encontro, que foi realizado virtualmente no dia 26 de maio, em um mês muito simbólico de conscientização para estas doenças, que é o Maio Roxo. Esta foi a segunda reunião para que membros das suas instituições pudessem se conhecer melhor, além de alinhar seus principais interesses que envolvem o tratamento dos pacientes que são assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A coordenadora da Assessoria Clínica (Asclin) de Bio-Manguinhos, Maria de Lourdes Maia, abriu o evento enaltecendo a importância da aproximação institucional do Instituto com GEDIIB e apresentou como funciona a Asclin e os estudos clínicos da unidade. “Já realizamos mais de 20 estudos, a maioria com vacinas. Atualmente, estão acontecendo nove estudos clínicos, sendo três de COVID-19 e três com a vacina de febre amarela. Concluímos, recentemente, as visitas aos participantes do estudo da vacina meningocócica C de Bio-Manguinhos, molécula totalmente desenvolvida por nós”, contou. A moderadora do evento foi Amanda Marques, médica reumatologista da Asclin.

A vice-diretora de Qualidade de Bio-Manguinhos, Rosane Cuber, fez a apresentação institucional, mostrando o portfólio de produtos e serviços e explicou como funcionam as Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP). “Nossa competência atrai parceiros. As PDPs são transferências de tecnologias de uma empesa privada para uma empresa privada nacional e um instituto público. São medicamentos que tratam doenças crônicas e degenerativas, incluindo as doenças inflamatórias intestinais (fornecendo infliximabe), ampliando o acesso para a população através do SUS. Atualmente, estamos envolvidos em 13 PDPs. Estamos sempre em busca de mais conquistas para a saúde pública, inclusive com muitas frentes no combate à COVID-19, nas nossas três linhas de produtos: kits de diagnóstico, vacinas e biofármacos”.

Carla Gottgtroy, responsável por Assuntos Médicos e Acesso (AMA) da Asclin, falou mais sobre as atividades do AMA, que tem o objetivo de pensar o acesso para além do acesso farmacológico do paciente. Os pilares são: estratégias de acesso ao SUS; inovação e sustentabilidade com geração de dados; engajamento de stakeholders e disseminação de dados.

“Há um projeto de jornada do paciente reumatológicos do Rio de Janeiro para facilitar o acesso dos medicamentos. Bio-Manguinhos está participando também da inclusão de golimumabe para pacientes de retocolite ulcerativa junto à CONITEC. Montamos um Curso de Biotecnologia junto com a Sociedade Brasileira de Reumatologia e estamos fortalecendo nossos relacionamentos com diversas sociedades médicas. Temos um projeto de aberturas de dados junto ao Ministério da Saúde, principalmente dos biofármacos”, exemplificou Carla, médica reumatologista da Asclin.

O presidente do GEDIIB, Rogério Saad-Hossne, fez uma apresentação de “Projetos e Perspectivas de Parcerias” do grupo, que foi criado em 2002 e é multidisciplinar, que tem como membros gastroenterologista, coloproctologista, endoscopistas, pediatras, enfermeiros, nutricionistas e psicológicos. O GEDIIB tem mais de 400 associados e é formado por mais de 20 comissões. Ele explica que “a entidade busca intensificar os estudos, as pesquisas e a troca constante de informações e experiências científicas para contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes”. Ele mostrou, ainda, eventos, projetos e revistas científicas produzidos pelo grupo.

Adriana Ribas, da Comissão de Pesquisa do GEDIIB, comentou sobre alguns estudos clínicos que estão em andamento, alguns envolvendo biossimilares do infliximabe e adalimumabe. Um outro estudo de influência da imunossupressçao na soroconversão contra Sars-CoV-2.

Nos projetos de médio e longo prazo, queremos uma parceria para fazer um biobanco GEDIIB/Bio-Manguinhos. “Bio possui o primeiro biobanco da Fiocruz, mas temos um propósito ousado de fazermos um biobanco em conjunto para o armazenamento e a utilização de material biológico com finalidade de pesquisas futuras”.

Para apresentar as Perspectivas de Crescimento e Inovação, a assessora da diretoria de Bio, Beatriz Fialho, apresentou o panorama do crescimento institucional nos últimos cinco anos, as competências de inovação do Instituto ao longo do ciclo de vida dos produtos e tecnologias na indústria, os desafios enfrentados e as prioridades institucionais de investimento para atender às demandas de saúde pública com ênfase na prontidão e segurança do acesso equitativo a insumos estratégicos.

“Temos feito prospecção, identificando parceiros e fazendo projeções de mercado. Além disso, vemos questões da propriedade intelectual, patenteabilidade e os modelos de parceria que melhor se encaixam em Bio. E fazemos a gestão de portfólio na captação de recursos e estudos de viabilidade”, explicou. Ela detalhou sobre os novos campi, em Santa Cruz e Ceará, que vão ampliar a capacidade produtiva de Bio-Manguinhos.

Ela enalteceu os principais desafios em saúde na indústria biofarmacêutica e no campo da inovação. E, nos cenários de futuro, ela citou digitalização e simulação, conectividade e convergência e grandes massas de dados, como uso da telemedicina e da inteligência artificial.

 

Jornalista: Gabriella Ponte. Imagem: Brazhyk, Freepik.

 

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