A Organização Mundial da Saúde e a Coalização Internacional de Autoridades Reguladoras de Medicamentos (ICMRA, na sigla em inglês) divulgaram comunicado no qual pedem à indústria farmacêutica que forneça "amplo acesso aos dados clínicos para todos os novos medicamentos e vacinas", sejam com aprovação total ou condicional, em uso de emergência e até mesmo os rejeitados.
De acordo com as entidades, "os relatórios de ensaios clínicos devem ser publicados sem a eliminação das informações confidenciais por motivos de interesse prioritário de saúde pública".
"A pandemia da COVID-19 trouxe à tona a necessidade de informações e dados em apoio a acadêmicos, pesquisadores e indústria, para o desenvolvimento de vacinas e medicamentos, às autoridades sanitárias em suas tomadas de decisão; aos profissionais de saúde em suas decisões de tratamento; e para a confiança do público nas vacinas e medicamentos que estão sendo utilizados", declararam a OMS e a ICMRA.
Algumas iniciativas já respondem a este apelo, mesmo antes dele ser divulgado. São os casos, por exemplo, da Plataforma Internacional de Registro de Ensaios Clínicos da OMS, o banco de dados do National Institutes of Health (NIH) norte-americano ClinicalTrials.gov, o Portal de Informações Clínicas da Health Canada, o Registro de Ensaios Clínicos da European Medicines Agency (EMA) e o Registro de Ensaios Clínicos do Japão.
"O objetivo comum dessas iniciativas é garantir que os resultados da pesquisa sejam acessíveis a todos os envolvidos na tomada de decisões em saúde. A prioridade deve ser para novos medicamentos e vacinas inovadoras. Isto aumenta a transparência e reforça a validade e o valor das evidências científicas", defendem a OMS e a ICMRA.
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Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: Tonefotografia, Freepik.