A Semana Mundial de Imunização, celebrada entre os dias 24 a 30 de abril globalmente, traz o alerta para a necessidade de atualização das cadernetas de vacinação, principalmente das crianças, em meio à pandemia da COVID-19.

O tema de 2021 – “As vacinas nos aproximam” – enfatiza a necessidade de fechar as brechas que podem fazer ressurgir doenças antes controladas, como já ocorre desde 2019 com o sarampo no Brasil.

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), por exemplo, alertou aos países da região, na última semana, para que “preencham as lacunas na imunização geradas parcialmente pelas interrupções nos serviços de saúde durante a pandemia da COVID-19. Devido à pandemia, milhares de crianças ficaram sem se vacinar em 2020”.

“Fomos a primeira região do mundo a eliminar a varíola, a poliomielite e a rubéola. Mas agora estamos vendo declínios na imunização e devemos reverter essa tendência não apenas para a saúde de nossos filhos, mas também para o bem-estar de toda a nossa sociedade” , declarou a diretora da Opas, Carissa Etienne, durante o lançamento da Semana.

Ainda segundo a Opas, em 2020 as Américas registraram 18,2% menos crianças (474.395) recebendo todas as três doses da vacina DPT3, contra difteria, tétano e coqueluche, na comparação com os dados de 2019. Ainda no período comparado, 13,9% menos crianças (379.208) receberam a dose da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).

Coberturas preocupam no Brasil

No Brasil, as coberturas vacinais preocupam e a necessidade de vacinar as crianças, para atualização de suas cadernetas ocorre em meio a outras duas campanhas, a da COVID-19 e a da gripe. O Ministério da Saúde está distribuindo 80 milhões de doses da vacina influenza trivalente para imunizar um público-alvo de 79,7 milhões de pessoas, e a campanha segue até o dia 9 de julho.

Ao mesmo tempo, o país registra há seis anos quedas contínuas das coberturas vacinais do calendário infantil, e a situação se agravou em 2020 com a pandemia da COVID-19. Os dados do SI-PNI, logo abaixo, demonstram a suscetibilidade de ressurgimento de doenças e a necessidade dos responsáveis pelas crianças levarem seus filhos aos postos de vacinação. As últimas metas de imunização para o público infantil atingidas no Brasil ocorreram em 2018, quando foram atingidas 99,72% do público-alvo d BCG e 91,33% para o da vacina contra o rotavírus humano.

 cobertura vacinal brasil

Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: SI-PNI

 

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