O Programa-Quadro de CTI do Brics 2020: Resposta à Pandemia Global COVID-19 selecionou 12 projetos entre os 111 apresentados. E destes 12, quatro são da Fiocruz. O objetivo é promover a mobilidade e desenvolvimento dos pesquisadores por meio de projetos conjuntos de pesquisa envolvendo pelo menos três países do bloco e é apoiado por organizações de financiamento de cada país envolvido. Os projetos terão até dois anos de duração em linhas de pesquisa voltadas para novas tecnologias de diagnóstico; vacinas e medicamentos; sequenciamento genético do vírus; inteligência artificial aplicada a medicamentos, vacinas, tratamentos; e estudos para avaliar a sobreposição do Sars-CoV-2 e outras morbidades, como a tuberculose. Brics é o bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Entre os projetos da Fiocruz selecionados está Reposicionamento de fármacos e validação de compostos líderes contra a principal protease e a RNA polimerase dependente de RNA do Sars-CoV-2, estudo que tem como representantes brasileiros do Instituto de Pesquisa Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em colaboração com a Amity University Uttar Pradesh (Índia), South Ural State University (Rússia) e University of KwaZulu-Natal (África do Sul).
Um segundo estudo, Análise quantitativa da pandemia COVID-19 em múltiplos níveis: abordagens em modelagem matemática, do Programa de Computação Científica (PROCC/Fiocruz), contará com a participação do Centro de Controle de Doenças da China (CDC China), Beihang University (também da China), National Medical Research Center of Phthisiopulmonology and Infectious Diseases e Zababakhin Research Institute of Technical Physics, ambos da Rússia.
O terceiro, Investigação de carreadores à base de quitosana e sistemas de entrega de medicamentos clinicamente aprovados/reposicionados e desinfetantes contra o Sars-CoV-2, a Fiocruz – representada pelo Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná), Serviço de Equivalência Farmacêutica e Farmacocinética (Sefar/Fiocruz) e Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) – tem entre os parceiros a Instituição Nacional de Controle e Prevenção de Doenças Virais e o CDC, ambos da China, a Universidade Estadual de Moscou e o Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, da Rússia.
Há ainda o Sequenciamento genômico de Sars-CoV-2 e estudos sobre epidemiologia e modelagem matemática da pandemia de COVID-19, estudo do IOC que terá como colaboradores Federal Research Center of Fundamental and Translational Medicine (Rússia), JNT University Hyderabad (Índia) e Institute of Microbiology, da Academia Chinesa de Ciências (CAS-China).
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Fonte: Cristina Azevedo. Imagem: Freepik.