A oitava edição do Radar COVID-19 Favelas traz em destaque o tema transporte público e pandemia na seção "O que tá pegando nas favelas?" com textos que abordam problemas de mobilidade urbana nos territórios periféricos e seus efeitos concretos para a propagação do novo coronavírus. O informativo pode ser acessado aqui.

A seção Megafone traz informações sobre a greve em defesa da saúde e da vida realizada pelos trabalhadores da educação do Estado do Rio de Janeiro. Cerca de 280 profissionais se reuniram em assembleia virtual e decidiram pela continuidade da greve. Eles defendem a manutenção das atividades remotas em home office.

Em O que tá pegando nas favelas?, o texto Seguimos perguntando: cadê o nosso ônibus? do Coletivo Piracema, de Santa Cruz, na Zona Oeste, apresenta reivindicações conjuntas com o Movimento Passe Livre sobre a escassez de transporte enfrentada por moradores do bairro e arredores. A seção também conta com o depoimento de Dona Zica, moradora da Vila Aliança – favela localizada no bairro de Bangu - sobre as lutas para conquista de linhas de ônibus na comunidade.

O texto da jornalista Renata Dutra, Zona Oeste perde hospital referência no tratamento de idosos, denuncia a situação de descasos na saúde com as áreas onde a população mais precisa de assistência. Mesmo no contexto de pandemia, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais estão sendo fechados no Rio de Janeiro. O Hospital Estadual Eduardo Rabelo, localizado na Zona Oeste, fechou as portas depois de transferir os pacientes devido a uma reforma no meio da pandemia. Em três textos, a seção Debates discute: a emenda constitucional 95, o auxílio emergencial e as medidas de austeridade no contexto da pandemia; o projeto de lei sobre o armamento da Guarda Municipal da cidade do Rio de Janeiro; e projeto de Excludente de Ilicitude, que tramita no Congresso Nacional, e torna lícito o assassinato cometido por agentes policiais em serviço.

Em Movimentos sociais o informativo reforça a iniciativa da Chamada Pública para Apoio a Ações Emergenciais de Enfrentamento à COVID-19 nas Favelas do Rio de Janeiro, lançada pela Fiocruz com recursos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) em 24 de março. A articulação que deu origem à chamada teve início em abril de 2020, a partir de um grupo que reuniu ativistas e coletivos de favelas, organizações da sociedade civil, além de professores e pesquisadores de algumas universidades e da própria Fundação.

O Radar COVID-19 Favelas usa como base de coleta dos relatos as mídias sociais de coletivos de favelas cariocas, o contato direto com moradores, lideranças e movimentos sociais e busca sistematizar, analisar e disseminar informações sobre a situação de saúde nos territórios em foco em cada edição. Lideranças e comunicadores populares podem enviar sugestões de pauta, matérias e crônicas sobre a COVID-19 em seus territórios para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O Radar COVID-19 Favelas e o Boletim Socioepidemiológico nas Favelas são iniciativas da Sala de Situação Covid-19 nas Favelas do Rio de Janeiro e podem ser acessados na página do Observatório COVID-19 da Fiocruz.

 

Acesse o especial sobre coronavírus do site de Bio-Manguinhos

 

Fonte: Nathalia Mendonça, da Cooperação Social da Fiocruz. Imagem: Goodstudiominsk, Freepik.

 

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