doencas cronicas adultosO Boletim Epidemiológico 7 - Volume 52, março de 2021, apresenta "Tendências temporais de comportamentos de risco e proteção relacionados às doenças crônicas entre adultos: diferenças segundo sexo, 2006-2019".

"O cenário epidemiológico brasileiro tem sido afetado pela alta carga de morbimortalidade pelas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Essas doenças, em especial, as doenças cardiovasculares, diabetes, respiratórias crônicas e cânceres, afetam mais da metade da população do país, cerca de 72%. O rápido aumento da carga das DCNT justifica-se pela urbanização acelerada e não planejada, o aumento da expectativa de vida e, principalmente, a globalização de estilos de vida não saudáveis diretamente ligados ao desenvolvimento dessas doenças", informa o Boletim.

"Tratando-se de homens e mulheres, em geral, essas doenças ocorrem com maior frequência entre as mulheres. Apesar disso, em sentido contrário, as mulheres tendem a ter maior adesão a comportamentos mais saudáveis do que os homens", comenta o documento.

O material analisa as tendências temporais de existência de comportamentos de risco e proteção relacionados às DCNT, segundo sexo, nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal, entre os anos de 2006 e 2019.

"O consumo recomendado de frutas e hortaliças variou de 20,0% em 2008 para 22,9% em 2019, com aumento médio de 0,38 pontos percentuais. Maiores prevalências foram verificadas para as mulheres em todo o período analisado. Tal aumento foi verificado em ambos os sexos, de 15,8% em 2008 para 18,4% em 2019 entre os homens, mas com maior intensidade entre as mulheres, de 23,7% em 2008 para 26,8% em 2019", informa o relatório.

Houve também aumento da prática de atividade física no lazer, de 30,3% em 2009 para 39% em 2019. "Salienta-se também maior magnitude de aumento entre as mulheres, a despeito da menor prevalência em comparação aos homens em todo o período, sendo que para os homens foi de 39,8% em 2009 para 46,7% em 2019 e, mulheres, de 22,2% em 2009 para 32,4% em 2019".

A frequência de adultos fumantes diminuiu de 15,7% em 2006 para 9,8% em 2019, com as mulheres apresentando menores prevalências para os períodos. Reduções ocorreram em ambos os sexos, com maior intensidade entre os homens, de 19,5% em 2006 para 12,3% em 2019, e de 12,4% em 2006 para 7,7% em 2019 para as mulheres.

Por outro lado, o consumo abusivo de bebidas alcoólicas aumentou entre 2006 e 2019, de 15,7% para 18,8%, e foi significativo entre mulheres, saindo de 7,8% em 2006 para 13,3% em 2019.

 

Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: user13883487, Freepik.

 

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