doencas negligenciadasO Ministério da Saúde, através da Secretaria de Vigilância em Saúde, publicou número especial de seu Boletim Epidemiológico sobre as doenças tropicais negligenciadas neste mês de março.

De acordo com o documento, as doenças tropicais negligenciadas ocorrem em 149 países e afetam mais de um bilhão de pessoas, com custo anual na casa dos bilhões de dólares. O Boletim informa ainda que "um grupo de diferentes enfermidades e agravos compõe o rol das doenças tropicais negligenciadas, e não há um critério universal para inseri-las nesse grupo". O uso do termo “negligenciada” foi adotado após proposição da Organização Mundial de Saúde (OMS), a partir da avaliação de que as grandes companhias farmacêuticas multinacionais não têm interesse em desenvolver produtos para combatê-las, aliado ao fato de serem investidos poucos recursos destinados à resolução dos agravos.

"De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente 17 doenças parasitárias crônicas são classificadas como DTNs, dentre elas raiva, tracoma, doença de Chagas (tripanossomíase americana), leishmaniose, filariose linfática, oncocercose (cegueira dos rios), esquistossomose (bilharzíaze), helmintíases transmitidas pelo solo e água", atesta o Boletim Epidemiológico.

São tratados no texto:

- Tracoma

- Esquistossomose

- Geo-helmintíases (helmintíases transmitidas pelo solo)

- Filariose

- Doenças de transmissão hídrica e alimentar (DTHA)

- Acidentes ofídicos

- Leptospirose

- Hantavirose

- Febre Maculosa

- Leishmaniose visceral (LV)

- Leishmaniose tegumentar

Ainda segundo o material, "o controle efetivo dessas enfermidades pode ser alcançado quando as abordagens de saúde pública selecionadas são combinadas e entregues localmente. As intervenções são guiadas pela epidemiologia local e pela disponibilidade de medidas apropriadas para detectar, prevenir e controlar doenças. A implementação de medidas eficazes com alta cobertura contribui para alcançar as metas sejam de eliminação como problema de saúde pública, eliminação da transmissão ou de erradicação, com vistas a contribuir para o atendimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030".

 

Acesse o número especial do Boletim Epidemiológico 

 

Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: Raul Santana.

 

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