aulas durante pandemia

Em 2020, as aulas na Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) tiveram início do dia 17 de fevereiro, porém foram suspensas em decorrência da pandemia da COVID-19 no dia 14 de março de 2020. Isso acabou afetando o andamento de todos os cursos, inclusive o Curso Técnico de Biotecnologia, que acontece em parceria com Bio-Manguinhos. No decorrer do ano passado, os alunos conseguiram acompanhar as aulas e outras atividades de forma remota, tendo como professores alguns especialistas de Bio. Atualmente, são 29 alunos cursando a 4° série, 30 alunos na 3° e 2° série e 34 alunos na 1° série. As turmas da 4°série iniciaram as aulas emergenciais remotas no dia 31 de agosto; as turmas de 3° ano em 21 de setembro e 2° e 1° ano no dia 3 de novembro.

O coordenador acadêmico de Bio-Manguinhos, Marco Alberto Medeiros (Assessoria Acadêmica de Inovação Tecnológica) explicou a importância dessa iniciativa. “Esse curso visa a formação de futuros profissionais para atuar na área biotecnológica. Aproveito para destacar que Bio vem apoiando incondicionalmente esse projeto de formação através de recursos humanos e financeiros. Gostaria de agradecer o empenho e o comprometimento institucional dos nossos colaboradores que participam deste projeto junto EPSJV e que ministraram suas aulas em meio a um momento tão difícil que vivemos de pandemia. As aulas no formato não presencial foram um grande desafio e um aprendizado para todos nós, que estamos envolvidos em projetos educacionais”.

Tainah Galdino, que coordena o curso junto com Flávia Ribeiro na EPSJV, contou como foi o ano de 2020. “Passamos a realizar projetos com o intuito de envolvermos os alunos oferecendo conteúdo de forma lúdica e dinâmica, tal como o Café Biológico que foi uma iniciativa dos professores do Laboratório de Educação Profissional em Técnicas Laboratoriais em Saúde (Latec) envolvidos nas habilitações de Biotecnologia e Análises Clínicas que promoveram vídeos com discussões de temas relacionados à pandemia e, posteriormente de forma mais abrangente, porém, sempre com enfoque científico. Nesse projeto teve, em uma das edições, a participação do professor Fernando Conte (Projeto Implantação Planta Piloto), responsável pela disciplina Cultura de células I”, explicou.

Além do projeto Café Biológico, ao suspender as atividades presenciais, a escola manteve envio de ciclos de materiais de referência de todas as disciplinas da formação geral e das habilitações técnicas. Além disso, ofereceu aos alunos outros projetos complementares de caráter opcional. “Um desses foi o FazGame Com Ciência: Diário de Quarentena, a partir da disponibilização da Plataforma FazGame, a fim de proporcionar aos alunos a criação de jogos digitais narrativos durante o isolamento social e o estreitamento dos vínculos entre os alunos e professores envolvidos. Esse projeto foi liderado por três professoras da EPSJV com o apoio da Coordenação Geral do Ensino Técnico (Cogetes) e teve a participação de 12 alunos da escola, sendo a maioria das turmas da habilitação de biotecnologia”, contou Flávia.

Posteriormente, a partir do lançamento do Programa de Inclusão Digital promovido pela Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC/ Fiocruz) e empréstimo de equipamentos da EPSJV foi possível, a partir de 31 de agosto, com diferentes cronogramas para cada série, iniciar atividades da Educação Politécnica Remota Emergencial (EPRE), constituindo entre atividades síncronas e assíncronas a estrutura pedagógica de continuidade do ano letivo de 2020.

“O programa previu empréstimo tablets e chips com acesso à internet para todos os alunos da escola. Dessa forma, mantivemos o lema adotado no início da pandemia de não deixarmos nenhum aluno para trás, uma vez que as aulas emergenciais remotas só tiveram início após a entrega dos equipamentos supracitados”, disse Tainah, orgulhosa deste feito.

O retorno presencial para as aulas teóricas e práticas, além do o estágio só deve ocorrer em contextos de redução da transmissão do novo coronavírus. Há, no entanto, plena adesão da escola às diretrizes de biossegurança e vigilância em saúde que norteiam esse debate na Fundação. “As disciplinas que ofereciam teoria e prática realizaram o bloco teórico de forma remota e oferecerão as práticas como um segundo bloco obedecendo às condições de retorno presencial”, completou Tainah.

Sobre o ciclo de estágio remoto, Tainah e Flávia afirmaram que foi iniciado a partir de atividades de reflexão sobre a prática profissional denominado WorkshoPOLI, onde os alunos terão contato com os pesquisadores das mais diversas áreas levando para eles suas experiências técnicas através da discussão de protocolos, estudo de caso, entre outros. A conclusão do curso deve ocorrer ao final de abril e a data da formatura da primeira turma está prevista para o dia 15 de maio de 2021.

“Essa experiência só está sendo possível devido a participação e empenho dos profissionais da EPSJV (professores, coordenadores das mais diversas áreas equipe de informática) integrados aos professores de Bio-Manguinhos, com destaque para Rodrigo Nunes, do Latam (Fundamentos de Bioinformática), Carolina Aquino, do Later (Cultura de Células II), Diana Praia, da VDTEC (Biotecnologia Vegetal), Maria de Lourdes Leal e Ivna Alana Silveira, do Lateb (Bioprocessos II), Cíntia Reis, do NITBio ( Gestão da Inovação e Propriedade Intelectual) e Robson Cruz, da Asclin (Conceitos básicos em pesquisa Clínica na Biotecnologia) que ministraram suas aulas em meio ao novo que nos foi imposto”, detalhou Flávia, que complementou que a disciplina de Nanotecnologia será ministrada pela professora Ana Paula Ano Bom, do Latim, nesse formato a partir de março.

Ademais, em 2021, seguindo o formato remoto para o conteúdo teórico, haverá a participação dos professores Maria de Lourdes Leal e Ivna Alana Silveira (Bioprocessos I), Fernando Conte (Cultura de Células I) para a turma de terceiro ano do curso de Biotecnologia e dos professores Robson Cruz (Bioética) e da professora Poliana Schettini, da Dibop/Devir (Sistema de Gestão da Qualidade) para a turma de primeiro ano desse curso.

Para concluir, Tainah ressaltou alguns pontos de atenção em tempos de pandemia. “Se por um lado a pandemia e o isolamento social evidenciaram as desigualdades sociais, os desafios para efetivação do direito à saúde e à educação, bem como danos à saúde mental da comunidade escolar. Por outro, também nos possibilitou a imersão à novas tecnologias e parcerias. Nos mostrou que distanciamento social não é sinônimo de isolamento humano, uma vez que pudemos trabalhar as nossas relações de afeto e compromisso com a educação desses jovens ainda que virtualmente”.

Jornalista: Gabriella Ponte. Imagem: Karlyukav, Freepik.

 

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