De 1º de abril de 2020 a 2 de janeiro de 2021, foram notificados 646 casos confirmados da Síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P), temporalmente associada à COVID-19 (SIM-P) temporalmente associada à COVID-19 em crianças e adolescentes de zero a 19 anos de idade, dos quais 41 resultaram em óbito - significando uma letalidade de 6,3%.
Dos casos, 500 (77,4%) tiveram confirmação laboratorial e 146 casos (22,6%) foram avaliados pelo critério clínico-epidemiológico, pelo fato de os pacientes terem tido contato com pessoas com casos confirmados para COVID-19. Houve predominância de crianças nas faixas etárias de 0 a 4 anos (40,7%) e de 5 a 9 anos (34,1%). Dos óbitos, 51,2% ocorreram em crianças de 0 a 4 anos.
A Síndrome ocorreu em 24 estados, e os óbitos em 14. Os estados que mais notificaram casos confirmados foram São Paulo, Ceará e Pará. Cerca de 30% das crianças e adolescentes apresentavam algum tipo de comorbidade préexistente e mais de 60% necessitaram de internação em unidade de terapia intensiva (UTI).
Os dados constam do Boletim Epidemiológico 03 - Volume 52, publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde em janeiro de 2021.
Atenção aos sintomas
Os sintomas mais comumente relatados foram dor abdominal, náuseas ou vômitos, presentes em 78% dos casos; alterações mucocutâneas (59%), disfunções cardíacas (41%), hipotensão arterial ou choque (37%) e alterações neurológicas como cefaleia ou confusão mental (30%). Cerca de 58% dos pacientes também apresentaram sintomas respiratórios.
O que é a SIM-P
Durante o pico da pandemia da COVID-19 no continente europeu, ocorrido em abril de 2020, houve alertas em diferentes países sobre a identificação de nova síndrome em crianças, possivelmente associada com à infecção pelo vírus causador da COVID-19, o Sars-CoV-2. A nova doença foi definida posteriormente como Síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P).
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Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: Rawpixel, Freepik.