O Boletim Epidemiológico 03 - Volume 52, publicado pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde em janeiro de 2021, revela que foram notificados em 2020, no Brasi, 16.836 casos suspeitos de sarampo, dos quais 8.448 foram confirmados, sendo 5.624 (66,6%) por critério laboratorial e 2.824 (33,4%) por critério clínico epidemiológico. Permaneciam em investigação 413 casos.
Em 2020, 21 estados apresentaram casos de sarampo, dos quais quatro continuam com circulação ativa do vírus, com destaque para o Pará, com 5.385 (63,7%) dos casos confirmados no país e também a maior incidência (93,65 casos por 100 mil habitantes). Por outro lado, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal estavam em período de no mínimo 12 semanas (90 dias) desde a confirmação do último caso. Segundo o Ministério da Saúde, o cenário está sujeito a alterações pois “ainda existem casos em investigação nesses locais”. A faixa etária de 20 a 29 anos apresentava o maior número de registros, com 2.594 casos confirmados; e a maior incidência (37,75 por 100 mil hab.) ocorria em crianças com até cinco anos de idade.
Em 2020, foram registrados dez óbitos por sarampo, sendo um no Estado de São Paulo, residente na capital; um no Rio de Janeiro, em Nova Iguaçu; oito no Pará, três residentes em Breves, dois em Belém, dois em Novo Repartimento e um em Igarapé-Miri.
Dados atualizados em 26 de janeiro de 2021 indicavam que, do total de municípios brasileiros (5.570), 1.252 (22%) municípios haviam solicitaram diagnóstico de sorologia (IgM) para detecção de sarampo. Destes, foram identificados 457 (36%) municípios que tiveram pelo menos um exame IgM positivo para sarampo.
Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: Bilanol, Freepik.