O diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, esteve no programa Sala de Convidados, do Canal Saúde, no dia 11, ao lado do presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, e do pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Fernando Motta. O tema foi vacinas e, durante uma hora de programa, eles debateram pontos importantes, sobretudo os voltados para a vacinação contra a COVID-19.

Sobre o ano de 2021, Zuma acredita que ainda haverá grandes desafios. “A vacina ainda levará um tempo para chegar à grande parcela da população e, assim, reduzir a circulação do vírus. Não será um ano fácil. Olhando pelo lado da produção, sabemos da dificuldade que é produzir as vacinas. Estamos fazendo um enorme esforço para acelerar a oferta de vacinas, mas não temos dúvidas que será um ano de desafios”, afirmou.

Cunha concordou. “Mesmo com as vacinas, ainda precisaremos de um tempo para imunizar a população. 2021 será um ano de muito trabalho e desafios”. Motta afirmou que este ano ainda carregará muitas coisas de 2020, mas que do ponto de vista virológico muito já foi aprendido. “Identificamos as mutações, conseguimos separar o que é de fato importante dessa mutação... 2021 será um ano de aprendizado. E a vacina é a grande arma que temos hoje, e quanto mais pessoas imunizarmos, menor será a velocidade das mutações”.

Zuma mostrou preocupação com as novas variantes, que, segundo ele, precisam ser monitoradas. “É um vírus que muda muito rápido, por isso a importância de dominarmos os conhecimentos e as tecnologias de produção, para dar respostas rápidas. Estamos aprendendo também, pois estamos adotando uma plataforma tecnológica nova. Agora, com o recebimento do IFA, é que vamos realmente começar o processo produtivo, escalonando a produção aos poucos e criando as condições para produzir em larga escala”, explicou.

A ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI/MS) Carla Domingues, em um vídeo enviado ao programa, falou o quanto é importante que Bio-Manguinhos e Butantan consigam acelerar o processo produtivo. “É essencial para isso termos a garantia de que o IFA chegará com regularidade e, para agilizar a imunização no país, que o Ministério da Saúde adquira outras vacinas”.

Zuma fechou sua participação elogiando o Sistema Único de Saúde e o PNI/MS. “O SUS é uma referência e um orgulho para todos. O PNI também é reconhecido internacionalmente, capaz de levar vacinas às regiões mais remotas do país. Em suma, temos a estrutura, o conhecimento e a capacidade de levar a vacina para toda a população”.

 

Jornalista: Rodrigo Costa Pereira. Imagem: Canal Saúde.

 

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