No dia 28 de janeiro, o gerente do Projeto de Implantação dos Novos Campi de Bio-Manguinhos, Artur Roberto Couto, participou de reunião virtual organizada pela Câmara de Inovação, Produção e Empreendedorismo da Fiocruz Ceará, que contou com cerca de 40 pessoas. Ele foi convidado a falar sobre a expansão da capacidade produtiva de Bio-Manguinhos e o impacto na Planta de Bio no Ceará, que será construída em Eusébio (CE).

Artur apresentou não só o que Bio-Manguinhos vem fazendo em relação ao enfrentamento da COVID-19, incluindo o fornecimento da vacina, mas também falou da atuação da unidade de forma mais ampla, incluindo as estratégias para atender à crescente demanda, principalmente por vacinas e biofármacos. Segundo ele, a futura planta industrial no Ceará tem participação importante nesse planejamento e será fundamental no processo de crescimento do Instituto.

Durante a apresentação, ele explicou como o Instituto atua para ofertar novos produtos ao Sistema Único de Saúde: por meio de parcerias de transferência de tecnologia e alianças estratégicas e desenvolvimento autóctone, que inclui pesquisa e inovação, e citou como exemplo a recente parceria com a AstraZeneca, para produzir a vacina COVID-19. “A transferência de tecnologia é uma estratégia usada há bastante tempo para absorvermos tecnologia e conhecimento, aprendendo com outras grandes farmacêuticas, públicas e privadas. Temos uma área de desenvolvimento muito forte também, assim como de estudos clínicos e de atendimento ao cliente (SAC), que são muito bem estruturadas. Com isso, monitoramos os nossos produtos no campo, garantindo a sua segurança e eficácia”, explicou.

Apesar da grande capacidade de resposta, inclusive em situações de emergência sanitária como a atual, Bio-Manguinhos vem investindo na ampliação das suas instalações para dar conta da crescente demanda, que ficou mais evidente com a pandemia da COVID-19. “Para além da questão da vacina COVID-19 e de outras, no decorrer dos últimos anos, a área de biofármacos vem crescendo assustadoramente, com diversos produtos sendo demandados pelo Ministério da Saúde. Pensando nisso, traçamos estratégias que incluem os campi em Eusébio e também em Santa Cruz, no Rio”, afirmou.

Artur explicou que o projeto no Ceará foi revisto, uma vez que estava previsto desenvolver apenas produtos em plataformas vegetais. “Começamos a repensar o projeto, pois temos um gargalo muito maior do que apenas desenvolver produtos nesse tipo de plataforma [vegetal], como a produção de IFAs. Essa readequação prevê que a planta industrial no Ceará atenda toda a demanda atual e futura de Bio-Manguinhos por IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), que será enviada para o Rio, para ser processada no Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS), em Santa Cruz”.

Segundo Artur, a primeira fase da construção, que inclui a área de Desenvolvimento Tecnológico, prédio administrativo e de infraestrutura, está prevista para começar no 4º trimestre deste ano.

 

Jornalista: Rodrigo Costa Pereira. Imagem: Acervo de Bio-Manguinhos/Fiocruz

 

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